Cuidado com os rádios Futaba FASST
Tenho recebido vários rádios 6EX e 7C da Futaba com com falta de alcance. Todos apresentam problemas na placa de transmissão - aquela placa na parte de trás dos rádios onde estão os leds verde
e vermelho. Algumas vezes, embora os leds estejam funcionando normalmente, ao realizar o teste de alcance (*) ou na pior das hipóteses perder o controle do modelo, o problema está na placa de transmissão.
Vejamos o que ocorre.
Quando o rádio é ligado podemos observar que os dois leds piscam por alguns instantes, em seguida o led VERDE fica aceso indicando que o rádio está transmitindo. Se os leds não pararem de piscar
ou algum deles ficar piscando sempre é sinal que alguma coisa não está legal com a transmissão do rádio.
A placa de transmissão possui um microcontrolador que gerencia a transmissão do rádio e, no momento que ligamos o rádio, esse microcontrolador é inicializado passando a executar o programa interno, o
Firmware instalado na fabrica semelhante ao processo que acontece quando ligamos um PC. Nesse firmware, entre outras coisas, é determinada qual a potencia que o radio deve transmitir. Essa atividade é executada enquanto os
leds estão piscando. Se por qualquer motivo o rádio for DESLIGADO durante esse tempo, pode acontecer que o circuito não tenha concluido a inicialização e ocorra algum erro que ficará
armazenado na memória da placa. Na próxima vez que o rádio for ligado, encontrando esse erro, o microcontrolador não mais seguirá o programa original causando os problemas relatados acima.
Como aeromodelista sei que é comum quando estamos linkando um avião, ligarmos e desligarmos o rádio várias vezes para fazer os ajustes. Num radio FASST isso pode ser fatal
Outra condição que pode ocasionar o problema é quando o rádio é esquecido ligado e a bateria descarrega completamente.
Quando o rádio apresenta esse defeito só ha duas coisas para fazer: Trocar a placa de transmissão ou tentar reprogramá-la reinstalando o firmware.
A troca da placa eu faço - quando tenho alguma para repor - mas a reprogramação só quem tem condições de fazer é a Futaba SP ( Aeromodelli ). Mesmo assim, as vezes não adianta reprogramar
a placa porque a transmissão continuará inoperante, aí só a substituição da mesma vai resolver o problema. A reprogramação tem um custo acessivel, ao redor de 200,00 mas o grande problema para substituir a placa é o valor "salgado" que a Futaba cobra, em torno de 560,00 reais. Mesmo se tratando de um radio 7C não é economicamente viável. Um 6EX então nem pensar.
Portanto pessoal muito cuidado com o manuseio desses modelos de rádios.
(*) O teste de alcance de alcance dos rádios FASST é bem simples. Afaste-se 30 metros do receptor e ligue o rádio como o botão MODE pressionado. No display vai aparecer POWR dn piscando
assim como o Led verde na placa de transmissão também estará piscando. Nessa condição o rádio estará transmitindo apenas com 10% da potencia ( equivalente aos rádios de 72MHz com a antena toda abaixada).
Os servos junto ao receptor devem funcionar normalmente. Nesse caso a tensmissão está OK e o rádio pode ser usado tranquilamente. Servos travando ou inoperantes indicam falta de potência no rádio.
Mano
jul/2019
Manutenção em rádios da JR/Spektrum
Devido ao encerramento das atividades da Diniz Esteves de BH, reponsável pela manutenção e distribuição das marcas JR e Spektrum, ficou bem complicado realizar a manutenção dos rádios dessas marcas, sobretudo quando é necessário substituir peças e componentes originais.
Para os aeromodelistas que utilizam rádios da JR/Spektrum, sempre que o rádio apresenta determinados problemas, é cada vez mais frequente que seja necessário "sucatear" o rádio e comprar outro novo.
Considerando que alguns modelos da JR como os X9303 e 9305 tem o péssimo hábito de, frequentemente, de um momento para o outro, apresentarem o display cheio de sinais e linhas e depois não ligar mais, caracterizando um problema no firmware da Encoder Board, não restará outra atitude que não seja o abandono do rádio porque não é possivel fazer a substituição da placa.
É importante que aqueles que pensam em adquirir ou trocar de rádio tenham isso em mente para que o seu investimento não seja perdido.
Embora essa situação não seja um privilégio desta duas marcas uma vez que a Hitec ( Aurora 9, Optima e outros ), bem como a Airtronics ( SD-6G, SD-10G,RDS8000 e outros ), todos rádios comercializados aqui no Brasil ou vindo de fora, também estão "orfãos" de peças de resposição. A unica diferença é que os rádios dessas marcas não tem o mau hábito dos JR citados acima, e dificilmente apresentam problemas "congênitos" senão aqueles devido ao mau uso - ligação da bateria com a polaridade invertida, quebra da antena ou chaves e etc.
Atualmente temos no Brasil apenas a assistência técnica da Futaba em SP, entretando devido ao alto custos da peças, algumas vezes é mais conveniente comprar um rádio novo do que consertar o rádio defeituoso. Mas ainda assim é melhor dispor de um serviço bem feito embora caro do que não ter o serviço.
Pessoalmente, como estou no mercado a bastante tempo possuo alguns rádios da JR/Spektrum cujo conserto ficou inviável, e estão servindo como "doadores" de paças para outros rádios. Não fora isso não haveria possibilidade de manter a manutenção dessas marcas.
Por isso peço sempre aos clientes que quando desistirem de recuperar algum rádio, não os deixem mofando numa gaveta ou os coloquem no lixo. Sempre tenho interesse em adquirir rádios nesse estado justamente para o aproveitamento de algumas peças. É logico que o valor que posso pagar é baixo porque são equipamentos que ficarão muito tempo na prateleira até que possam ceder peças a outros.
Portanto reflitam bem sobre essa situação antes de comprar ou fazer upgrade do seu rádio.
Mano
Interferência da Telefonia 4G em radiocontroles que operam em 2.4GHz.
Os sistemas de radiocontrole em 2.4GHz, depois de um periodo inicial quando alguns aeromodelistas perdiam o controle do modelo pela má utilização do equipamento, principalmente pelo mau posicionamento das antenas do rádio e do receptor, agora podem estar enfrentando um novo problema que tem causado algumas quedas de aeromodelos: A possivel interferência dos sistema de telefonia móvel que opera em 4G.
Para que possamos nos situar e compreender o assunto, é preciso fazer uma breve explanação da forma que foi implantada a telefonia 4G no Brasil.
As frequencias destinadas para a telefonia 4G em muitos países, inclusive no Brasil, estão predominante situadas na faixa dos 700MHz ( 698 - 806MHZ ).
O problema é que no Brasil parte dessa faixa de frequencias, atualmente é ocupada por algumas estações de TV com sinal analógico e, enquanto essas emissoras não migrarem para o sistema de transmissão digital, as operadoras de telefonia movel não podem utilizar a faixa dos 700MHz. A mudança do sistema de TV analógico para o digital estava prevista para o final deste ano ( 2015 ) mas foi prorrogada para 2017/ 2018,
Com a decisão de implantar a telefonia 4G a curto prazo uma vez que as operadoras já haviam pago pelas concessões dos serviços, o governo ( ANATEL ) foi obrigada a oferecer outra faixa de frequencias para que o sistema 4G fosse implementado já que não poderia ser utilizada a faixa dos 700MHz.
A faixa disponibilizada foi a compreendida entre as frequencias de 2.5 a 2.69 GHz.
Como sabemos os radiocontroles de 2.4GHz utilizados nos radiocontroles, bem como em qualquer sistema de WiFi funcionam entre as frequencias de 2.40 a 2.48 GHz ou seja numa frequencia muito proxima daquela em que está operando a telefonia 4G.
Embora os dois serviços - 4G e radiocontroles - não estejam ocupando a mesma frequencia, é preciso levar em conta que, enquanto os radiocontroles utilizam potencias da ordem de 100 mW ( 0,1 watt ) as ERBs ( Estações Radio Base ) dos celulares, dependendo da situação emitem o sinal com potências de 10 até 1000 watts !
Ora, mesmo para um leigo no assunto não é dificil imaginar que um receptor de radiocontrole projetado para receber um sinalzinho de 0,1 watt a distâncias maiores que 1 Km possui um circuito de alta sensibilidade, o qual, quando submetido a sinais de alta intensidade em frequencias próximas poderão sofrer interferências.
Quando um receptor de 2.4GHz sofre uma interferência ele "congela" os comandos entrando no modo Fail Save e, se a configuração do Fail Save não foi préviamente configurada ou mesmo se o receptor não oferecer essa função, o modelo irá continuar na mesma trajetória até que encontre algum obstáculo que o fará parar, que, via de regra é o solo.
Entretanto não são apenas as ERBs que podem interferir nos rádios de 2.4, é preciso lembrar que um smart phone que esteja conectado ao sistema 4G também estará irradiando um sinal na faixa de 2.5GHz de até 3 watts que é a potencia máxima de um celular.
Então se você está voando e ao seu lado alguem resolve fazer uma ligação ou acessar uma rede social no telefone pode haver problemas porque a potencia do rádio é muito menor que a do telefone e, nem sempre o sinal emitido pelo rádio chegará corretamente ao receptor.
O exemplo clássico dessa situação é você estar num estádio vazio e gritar para alguem que esteja distante, certamente você será ouvido. Agora se o estádio está cheio de gente a pessoa não vai conseguir escutar.
Ultimamente tenho recebido muitos relatos de quedas de aeromodelos que estavam voando normalmente e de repente os comandos congelam e a lenha acontece.
São aviões que já haviam feitos varios vôos sem nenhum problema e de repente ficam sem controle e caem. A primeira coisa para que se possa desconfiar que houve interferencia de celulares 4G é saber se existe esse tipo de serviço no local. Isso é fácilmente percebido bastando olhar na tela de um smart phone que funcione em 4G e verificar no topo da tela se aparece "4G". Se aparecer " 3G, 3G+, H " ou qualquer coisa que não seja 4G, não houve interferência desse tipo.
Outros locais passiveis de gerar interferencia nos rádios é na proximidade de penitenciárias aonde existem sistemas para bloqueio de celulares 4G. Esses sistemas muitas vezes são compostos de antenas que trabalham com potencias elevadas visando impedir que celulares no interio do presídio consigam receber o sinal do sistema de telefonia móvel. Ocorre que nem sempre as antenas bloqueiam apenas os celulares dos presos podendo atingir aparelhos usados do lado de fora do complexo, incluindo, é claro rádiocontroles.
Para terminar eu recomendo que todos os aeromodelistas fiquem atentos a essa situação, principalmente aqueles cujos clubes estejam localizados proximos aos grandes centros onde, certamente, existirão telefones celulares funcionando em 4G. Caso isso aconteça não há o que fazer. A solução é voltar a voar no velho PPM/PCM de 72MHz até que a TV digital esteja totalmente implantada no país e a frequencia de 2.5GHz seja liberada.
Serão bem vindos relatos e opiniões que possam auxiliar outros aeromodelistas que estejam vivenciado essa situação.
Mano setembro 2015.
Muitos aeromodelistas que usam os rádios Aurora 9 da Hitec tem dúvidas e outros sequer sabem o que significa o bind com SCAN disponível neste rádio.
Utilizam o radio no modo Normal do jeito que foi configurado na fábrica sem saber que poderiam agregar maior confiabilidade ao rádio tornando-o menos suscetível a interferências.
O sistema de modulação desenvolvido pela Hitec, o AFHSS - AFHSS Adaptive Frequency Hopping Spread Spectrum - ou Sistema FHSS Adaptado, tem esse nome justamente porque não é um FHSS "puro" usado por outros fabricantes onde firmware do equipamento faz com que a transmissão do sinal esteja constantemente "pulando" de canal em canal dentro da faixa de 2.4GHz transmitindo apenas naqueles que não estão ocupados.
A caracteristica deste tipo de modulação é que sempre que o sistema encontra um canal que está sendo usado, imediatamente pula para o próximo e assim sucessivamente até encontrar um canal vago para poder transmitir.
Obviamente pela rapidez com que essa operação é feita, cerca de 2 ms, ou dois milionésimos de segundo, esses saltos de canal passam despercebidos para o usuário do rádio.
No sistema AFHSS da Hitec quando o rádio é ligado no modo NORMAL ele vai funcionar em 20 canais pré-definidos em fábrica.
Cada vez que o transmissor e o receptor forem ligados serão usados sempre os mesmos canais previamente determinados dentro da banda de 2,4 GHz.
Imagine agora que você bindou o receptor e fez todos os ajuste em casa e o sistema está funcionando OK, mas quando você liga o rádio na pista observa que os servos os servos tremem e se movimentarem aleatoriamente.
Isso significa que outros canais em uso estão interferindo nos canais escolhidos pelo rádio. Canais em vermelho na figura abaixo.
Então se você colocar o rádio no modo SCAN e ele vai escolher novos canais para usar evitando aqueles que estão sendo usados por outros sistemas, diminuindo a possibilidade de interferência.
Novos canais escolhidos pelo rádio em verde.
Agora o sistema responde corretamente, sem problemas.
Se você mantiver o rádio operando no modo SCAN, mesmo que você vá voar em outro local onde existam radios de 2.4GHz operando, o sistema irá se ajustar novamente para conseguir canais livres na faixa evitando interferencias.
Sempre que o radio for ligado ele vai fazer a escolha dos canais vagos e ajustar o receptor para que ambos fiquem funcionando nestes canais. Daí vem o nome AFHSS (Adaptive Frequency Hopping Spread Spectrum) ou Sistema FHSS Adaptado.
Mudando o sistema de SCAN para NORMAL, o rádio vai memorizar os últimos canais que foram escolhidos quando estava no modo SCAN e continuará usando eles.
Radio operando no modo SCAN:
1. Se o radio for desligado com o sistema em uso, quando religado ele não vai linkar com o receptor até que o receptor seja desligado e ligado novamente.
2. Se, por outro lado, o receptor for desligado durante a utilização, levará mais tempo para se conectar com o rádio do que o tempo gasto para se conectar se o sistema estivesse operando no modo Normal.
Radio operando no modo NORMAL:
1. Se o radio ou o receptor forem desligados, Após sere(m) ligados novamente a conexão será imediata.
2. No modo NORMAL a operação está mais sujeita a interferencias e cabe ao usuário fazer a escolha que lhe pareça melhor.
Como mudar do modo NORMAL para SCAN.
O ajuste padrão de fabrica é o modo NORMAL. A troca para o modo SCAN é feita seguindo os passos abaixo:
ATENÇÃO: O procedimento abaixo é valido somente para os módulos Spectra 2.4 GHz cujo firmware seja anterior a Versão V3.01 e os receptores tenham um firmware inferior a versão V2.02. Para equipamentos que tenham sido atualizados para essas versões ( as ultimas lançadas pela Hitec ), o procedimento para a mudança de MODO é o seguinte:
1 - Ligar o rádio e pressionar YES ( transmitir ) ;
2 - Com o led VERMELHO ACESO, pressionar o botão de Bind por 6 segundos;
3 - Soltar o botão do módulo quando escutar 2 bips continuos;
4 - O led AZUL ficará piscando enquanto faz o scan da banda;
5 - Quando o led Azul para de piscar e permanecer ligado os canais de trabalho já foram escolhidos;
6 - Faça o reboot do rádio - desligue e torne a ligar;
7 - Faça o bind novamente com todos os receptores que irá com o rádio.
1. Ligue o radio e o receptor e certifique-se que os dois estão funcionando corretamente.
2. Pressione e segure o botão do módulo do rádio até ouvir 1 bip, seguido de 2 bips, isso demora aproximadamente 6 segundos.
3. Solte o botão
4. Após 1 segundo será ouvido um bip e ambos os LEDs vermelho e azul ficarão ligados.
5. Desligue o receptor, então o transmissor.
6. Ligue o transmissor e o receptor
7. Verifique se ambos estão funcionando corretamente.
Como saber qual modo o sistema esta funcionando?
No modo NORMAL somente o vermelho LED fica aceso no módulo do rádio e no receptor.
No modo SCAN : tanto o LED vermelho como o azul ficam ligados no módulo do rádio e no receptor.
Sugestão de operação.
Se o radio for usado em um local onde estejam operando vários sistemas de 2.4GHz é aconselhável colocar o rádio no modo SCAN, faça um vôo e certifique-se que tudo funciona corretamente, então, mude para o modo Normal.
Se você tiver mais receptores refaça o Bind dos demais receptores para que todos fiquem utilizando os canais escolhidos no campo pelo modo SCAN.
Como todos os rádios saem da fabrica operando sempre com os mesmos canais alocados na banda, figura abaixo,se muita gente na pista estiver usando o mesmo padrão de canal, pode haver interferência. (extremamente raro, mas não impossível ).
Usando o modo SCAN pelo menos uma vez o depois voltando ao modo NORMAL o rádio ficará operando em canais diferentes do padrão configurado na fábrica.
aumentando a confiabilidade do sistema.
*manorc julho 14
Depois de adotar sistema FASST (Futaba Advanced Spread Spectrum Technology) em seus rádios a Futaba apresenta ao mercado uma linha de rádios trabalhando em FHSS (Frequency Hopping Spread Spectrum) ou S-FHSS onde o “S” indica que o rádio também pode acionar receptores que dispõe do sistema S-bus .
O sistema FASST é um hibrido formado pelo DSSS e o FHSS, que utiliza as melhores qualidades de cada um deles. O resultado é um sistema sólido e confiável.
Por outro lado o FHSS é bem mais simples mesmo se comparado com o DSSS uma vez que não checa a banda antes de “entrar no ar” e também não faz check de erro na comunicação entre o radio e o receptor, prerrogativas presentes no FASST.
A simplicidade do FHSS se traduz em menor custo de fabricação fazendo dele um sistema mais barato. Entretanto apesar da Futaba garantir que é um sistema seguro e mais rápido não se pode desconhecer que ele deixa a desejar quando comparado com FASST.
Ao optar por essa mudança a Futaba fica em condições de colocar no mercado equipamentos com preços finais menores, embora ainda distantes dos concorrentes chineses.
Entretanto, imagino eu que eles estão apostando que o modelista ao comparar o preço de um rádio chinês com um radio da Futaba e ver que a diferença não é muito grande vai optar por comprar um rádio “de marca”.
Desde o lançamento dos rádios FASST o preço dos receptores foi um fator decisivo para que muita gente optasse por outras marcas de rádio como o Spektrum num primeiro momento e mais tarde o Aurora.
Para piorar as coisas para a Futaba os chineses lançaram clones de receptores FASST que custam 1/3 do preço em dólar de um receptor original Futaba.
O lado negativo, para o aeromodelista, é que os sistemas FASST e FHSS NÃO SÃO COMPATIVEIS. Isso quer dizer que comprando um rádio 6J ou 8J, por exemplo, o modelista não poderá usar os seus receptores FASST com ele. Assim como não poderá usar os receptores do 6J que são S-FHSS/FHSS nos rádios FASST como o 7C por exemplo.
Isso já aconteceu quando a Spektrum lançou o DX6i com sistema DSM2 tornando obsoletos todos os rádios DX6 que utilizavam o sistema DSM .
Existem rumores que a Futaba pretende descontinuar a produção de rádios FASST ficando apenas com o S-FHSS, mas isso ainda não é confirmado.
Resumindo a história: Numa economia globalizada a palavra de ordem é Custo, até porque a sobrevivência de uma empresa depende preponderantemente desse fator.
Portanto bastante cuidado ao adquirir novos equipamentos não só da Futaba, mas de qualquer marca. Folders que enaltecem as qualidades deste ou daquele sistema nem sempre são bem claros em relação às vantagens propostas. Em meio à vertiginosa corrida tecnológica entre os fabricantes, a melhor opção é adotar uma postura conservadora permanecendo com o seu equipamento ainda que “mais antigo” e, se for o caso de fazer um upgrade escolher um rádio que esteja no mínimo há cinco anos no mercado. Depois de um período de tempo
relativamente grande sendo utilizado, todas as imperfeições de rádio, se existirem, acabarão tornando-se publicas.
Rádios de 2.4GHz, anjos ou demônios?
Mais do nunca os aeromodelistas brasileiros estão, atualmente, se fazendo esta pergunta:
Vale a pena ter um rádio de 2.4GHz ou é melhor ficar, ou mesmo voltar ao sistema PPM/PCM na faixa de 72MHz?
Muito já se disse, está se dizendo e, ainda vai se dizer a esse respeito, entretanto, não existe uma só pista ou local de vôo no qual esta discussão não esteja presente.
Talvez a comparação seja exagerada, mas os aeromodelistas em relação aos rádios, estão feito “baratas tontas” sem saber em qual direção devem ir.
Nessa confusão, muitas vezes alimentada por “sábios de plantão”, presentes nas pistas, que usam a sua experiência ruim com um determinado rádio, como referencia para embasar suas opiniões. Isso seria até desejável se os fracassos e as conseqüentes lenhas de modelo, não tenham tido como causa a instalação incorreta do equipamento, e a não observância das recomendações contidas nos manuais.
É comum esses colegas " baixarem o pau" numa determinada marca de RC deixando apavorados todos aqueles que usam rádios da mesma marca.
Antes de sair dizendo que o sistema de 2.4 GHz não presta, é preciso lembrar que os maiores fabricantes de RC no mundo, a despeito de algumas “molecagens” como laçarem rádios no mercado sem que estes estejam devidamente testados, os quais mais tarde vão precisar de “recalls”, ou mesmo apresentar problemas insolúveis de firmware, os rádios que operam na faixa de 2.4GHz são plenamente confiáveis. A prova disso é que atualmente se sabe que esta mesma tecnologia é largamente empregada nos campos de combate por militares de vários países.
Basta também visitarmos blogs e forums de modelismo na Europa e nos EUA para constatar que não se vê mais ninguém utilizando a velha freqüência de 72MHz, é tudo 2.4GHZ.
Seja em pequenos modelos elétricos indoor ou aviões gigantes caríssimos, os rádios usados são todos de 2.4GHz.
Será que todos os modelistas residentes no primeiro mundo estão errados e só nós os brasileiros estamos certos quando ficam temerosos de usar o sistema?
Ou será que a causa está na disciplina deles e na nossa indisciplina ?
Vejamos então o que ocorre aqui no Brasil.
Qualquer um que acompanhe os eventos que ocorrem seguidamente no país, poderá observar pelas fotos que A MAIORIA DOS PILOTOS e mesmo aqueles que são referência nacional seja na construção ou na pilotagem dos modelos, ESTÃO COM A ANTENA DO RÁDIO NA POSIÇÃO ERRADA!
Isso, além de ser uma ignorância técnica, demonstra outra constatação preocupante: As equipes que atuam junto a esses pilotos e até mesmo alguns patrocinadores representantes das maiores marcas de RC, ou não lêem seus próprios manuais, ou não ensinam aos pilotos como usar o rádio!
Se a antena do rádio que fica na mão do piloto, bem visível, não está posicionada corretamente, como estará a antena do receptor no interior do avião?
Voar com a antena de um rádio de 2.4GHz fora da posição recomendada ( na vertical em relação a frente do rádio ), é semelhante a voar com um rádio de 72MHZ só com a metade da antena esticada. Ou ainda cortar a metade do fio da antena do receptor.
Até é possível conseguir voar nessas condições, mas fatalmente em algum momento durante o vôo o avião vai perder o sinal do rádio ocasionando as famosas “falhas de sinal”, cujo resultado pode ser a ausência de controle por breves instantes ou uma lenha total do modelo.
Como então debitar as falhas dos rádios de 2,4GHz aos fabricantes ou ao projeto do sistema se sequer sabemos usá-lo corretamente?
É importante deixar claro que independente de marca, os rádios de 2.4GHz tem apresentado problemas técnicos sim, e não são poucos, pricipalmente se os compararmos com os rádios de 72MHz, mas seguramente grande parte dos problemas é devido ao mau uso e não a falhas do circuito.
Abaixo estão algumas fotos de eventos aqui do RS onde os pilotos estão com a antena do rádio na posição errada.
Com a antena posicionada dessa forma, poderá ocorrer perda de controle do avião, principalmente, quando este estiver nas cabeceiras da pista, porque com a antena "deitada" ela estará "apontando" para o avião que nesse momento estará recebendo o menor nível de potência emitida pelo rádio. Veja no desenho abaixo como se dá a irradiação da antena do rádio. Vale tanto para os rádios de 2.4GHz como os de 72MHz.
O sinal máximo ocorrerá apenas quando o avião estiver passando em frente ao piloto.
Fica o alerta aos amigos que estão nas fotos voando com as antenas na posição ERRADA!
Mano
Com o módulo instalado e o receptor com as conexões de bateria e servos feitas, então é a hora de fazer o Bind "casamento" entre o módulo e o receptor.
Nos sistemas de 2.4 é esse casamento garante que o receptor vai funcionar corretamente apenas com o rádio (módulo) que está transmitindo para ele, e nenhum outro.
Cada fabricante tem um jeito de fazer esse o "bind", neste texto vamos ver como isso é feito nos equipamentos da CORONA.
Esse texto é uma tradução livre do folheto que acompanha o conjunto módulo/receptor.
A primeira recomendação é que você verifique se o seu rádio está programado para transmitir em PPM . Os rádios mais simples que não transmitem em PCM, e automaticamente já estarão em PPM não necessitando mexer em nada.
1. Aperte o botão existente no módulo e sem soltá-lo ligue o rádio.
2. Assim que ligar o rádio solte o botão na mesma hora. O manual pede atenção para essa operação porque se o botão permanecer pressionado por um tempo maior do que 3 segundos o módulo pode apresentar problemas.
3. Nesse momento o Led do módulo deve ficar piscando alternadamente vermelho e o verde. Isso indica que ele está preparado para fazer o Bind .
3. Agora aperte o botão existente no receptor e o
mantenha pressionado enquanto liga o receptor. Nesse o Led vermelho
no interior do receptor ( visto pela parte debaixo ) vai piscar duas vezes
indicando que o receptor
reconheceu o código do módulo e, depois ficará
APAGADO indicando que o Bind foi feito com sucesso.
4. Desligue o radio e o receptor.
5. Ligue o receptor
sem apertar nenhum botão e após ligue o rádio, sem apertar nenhum botão. O LED
do módulo no rádio ficará vermelho e o led do receptor vai piscar algumas vezes
e depois de 5 a 15 segundos apagado,
voltará a acender indicando que o link
entre o rádio e o receptor está feito. Se o sistema estiver OK o LED
vermelho do receptor permanecerá aceso sem piscar e os servos devem responder
aos comandos do rádio.
6. Se o LED do
receptor apenas piscar algumas vezes ou mesmo nem acender, repita o item 5
novamente. Não aperte botão nenhum, apenas desligue o radio e o receptor e
torne a ligá-los novamente.
Faça isso até que o Led do receptor fique permanentemente aceso indicando que o
link efetivamente está sólido. Uma vez linkado o conjunto permanecerá assim até
que um novo procedimento seja feito.
7. Mantenha o rádio afastado pelo menos 1 metro do receptor para facilitar o procedimento.
Posicionamento correto das antenas nos rádios de 2.4 GHz
Receptores que usam duas antenas com fio compridos, estas devem formar um ângulo de 90º graus entre elas. No rádio a antena deve ficar na vertical em relação a frente do rádio.
Os receptores da Corona não tem uma posição definida para ligar a bateria. Ela pode ser ligada em qualquer canal do 1 ao 8.
Se for preciso usar os 8 canais basta usar um "Y" em algum deles para conectar a bateria.
Atenção: As informações deste texto são válidas apenas para os radios fabricados antes de 2011. A partir desse ano o firmware foi corrigido e os rádios funcionam normalmente com modelos a gasolina
Quando foi lançado no mercado o Aurora 9 vinha com a promessa de ser um rádio completo, sofisticado e mais barato que os seus concorrentes.
Isso realmente vinha acontecendo até que aeromodelistas que voavam aviões a gasolina começaram a perder o controle dos modelos inexplicavelmente
e, a única coisa em comum entre todos eles era o rádio utilizado, o Aurora 9.
Não foi muito dificil fazer a associação entre as quedas dos aviões à gasolina e o Aurora 9.
Então, usuários americanos e europeus que utilizavam o rádio iniciaram uma pressão através dos forums e mesmo em contatos diretos junto à Hitec RCD USA.
Num primeiro momento a fabrica atribuiu os "lockouts" - travamentos e perda de sinal nos rádios ao "optical kill" - sistema de corte do motor - o qual estaria gerando algum tipo de interferência nos receptores de bordo, já que no sistema usado pela Hitec o receptor na verdade é um "transceptor" , ele não só recebe o sinal do rádio mas também transmite dados de telemetria para o radio.
Entretando essa possibilidade foi logo descartada conforme pode ser visto no Boletim de Serviço da Hitec - http://www.hitecrcd.com/support/service-bulletins/index.html - e atribuida agora à geração de RF ( radiofrequencia ) produzida pela ignição dos motores à gasolina.
A fabrica então recomendou que fosse
feita uma atualização no firmware dos receptores Optima 7 e Optima 9 para a versão 2.01 garantindo que esse procedimento eliminaria o problema.
Bem o resultado disso tudo não poderia ter sido outro: Todos os aermodelistas que voam ou pretendem voar aviões à gasolina e que usam o Aurora 9 ou tem rádios de outras marcas com os módulos Spectra 2.4GHz da Hitec e receptore Optima 7 ou 9 canais, estão preocupados.
Como se não bastasse a desconfiança no rádio, existem relatos de pessoas que fizeram a atualização do firmware e os rádios apresentaram problemas
na funcionabilidade de alguns canais, como por exemplo ailerons inoperantes.
Na verdade, ninguém quer "pagar pra ver", ou seja, voltar a voar modelos à gasolina depois de ter feito a atualização do firmware.
Outros que tiveram aviões à gasolina lenhados e usavam o Aurora 9, não quiseram mais arriscar abandonando o rádio e compraram radios de outras marcas.
O que se pode dizer dessa situação toda?
Pelo que tenho observado entre os meus clientes, a primeira consequência é a desconfiança no Aurora 9 e nos receptores Optima 7 e Optima9. Muitos inclusive estão comparando esta situação com aquela acontecida nos rádios Spektrum a algum tempo atrás que manchou irremediavelmente o nome da marca.
Exageros à parte, a verdade é que depois das interferencias provocadas por erros na identidade dos rádios Futaba FASST, das perdas de sinal dos
Spektrum e dos recalls no sistema DSMX da JR/Spektrum, agora é a vez do Aurora 9 apresentar problemas.
Conforme já escrevi no artigo abaixo " Quem precisa de rádios sofisticados? " , a quantidade de tecnologia embarcada nos rádios os torna cada vez mais complexos, técnicamente falando, e quanto mais complexo um equipamento mais sujeito a falhas ele é.
Alguem já ouviu falar de recall ou falhas num Futaba 7UAP/8UAP ou num 9ZAP? Ou ainda num JR X38103 ou num 10X ?
Por incrível que pareça quem está "invicto" nesta área são os módulos de 2.4GHz chineses. Quem já viu algum recall de um Corona, Assan ou FRSky? Alguns vão dizer que os chineses nem dão bola pra isso, mas a verdade é que cada vez mais vemos aeromodelistas usando esses sistemas sem que sejam registrados problemas graves, ora isso significa CONFIABILIDADE!
Uma palavra para quem tem um Aurora 9:
Se você não tem avião à gasolina, não se preocupe. Pode continuar voando sossegado com os seus modelos glow ou elétricos, com qualquer receptor Optima de 6,7 ou 9 canais. Não é necessário nem fazer nenhuma atualização do firmware, até porque, penso eu, vale a màxima: "Em time que está ganhando não se mexe!"
Mano
Quem precisa de rádios sofisticados?
Atualmente os fabricantes de radio controle estão lançando equipamentos cada vez mais sofisticados e com recursos que ultrapassam em muito as necessidades da maioria dos aeromodelistas.
Rádios com design sofisticado e funcionamento complexo são oferecidos aos modelistas como se fossem as soluções para se transformar num bom piloto.
Entretanto o que se vê nas pistas é pessoas que trocam seus rádios por outros novos os quais na maioria das vezes tem um numero absurdo de canais, programação altamente sofisticada que oferece uma infinidade de mixagens e o que é pior, com um manual contendo uma tradução pobre para o português.
Interessante observar também, que muitas pessoas que compram rádios sofisticados, sequer pilotam modelos onde os recursos de programação do rádio.
poderiam ser utilizados. Alguns possuem apenas aviões com quatro canais que poderiam ser pilotados com um rádio cujo valor chega a 20% de um modelo top de linha.
Também tem aqueles que pensam que por possuírem um modelo à gasolina 30% de escala precisam de um rádio "bom" para voá-lo. Esquecem que esses modelos, em geral acrobáticos, além dos quatro canais principais, no máximo precisam de um canal extra para ligar uma bomba de fumaça e outro para acionar um profundor duplo, situação que um bom rádio de sete canais satisfaz plenamente.
Rádios com telemetria, mixagens avançadas e um numero elevado de canais são equipamentos para aeromodelistas avançados que participam de competições, são escalistas, voam modelos a jato ou outros tipos de aeronaves cujo controle eficiente depende grandemente do rádio.
É preciso que se saiba que um avião grande e caro e um rádio top de linha não fazem de ninguém um bom piloto.
A pilotagem de aeromodelos assim como de qualquer veiculo full scale, é o resultado de um treinamento intenso e disciplina. Todos conhecemos colegas que voam a muitos anos e quando pousam o avião demonstram que aprenderam pouco ou nada durante todo o tempo que praticam o hobby. Muitos desses
têm em suas mãos rádios excelentes.
Os fabricantes de radiocontroles, seguindo a tendência atual da industria de equipamentos eletrônicos, estão fazendo do design e da quantidade de funções agregadas num só aparelho o marketing para prover a marca e incrementar as vendas. Por isso estamos presenciando quase que semestralmente novos modelos de rádios sendo colocados no mercado conforme divulgação nos sites das marcas e nas revistas especializadas.
Outro aspecto interessante que deve ser mencionado é a questão da confiabilidade dos rádios novos e a sua manutenção.
Diferentes dos rádios produzidos na década de 90 os rádios que estão sendo lançados no mercado são feitos com circuitos ultracompactos, cuja manutenção é praticamente impossível e quando apresentam problemas não resta alternativa se não substituir a placa principal inteira ( encoder board ).
que, além de só poder ser feita pelos representantes da marca tem um custo bem significativo muitas vezes ultrapassando 30% do valor do rádio.
Essa situação é feita propositalmente pelos fabricantes. Primeiro porque a montagem das placas é toda automatizada e, via de regra feita na China, segundo porque se o conserto é inviável economicamente, o usuário é obrigado a "sucatear" o rádio e adquirir outro novo gerando lucro para o fabricante.
A confiabilidade é outro aspecto de vital importância para quem utiliza um RC uma vez que que uma falha no rádio pode trazer consequências desastrosas
não só econômica como pessoal.
Quem é que lembra de algum fabricante ter feito recall em algum rádio antes do surgimento dos rádios de 2.4GHz ? Dificil não é?
Isso ocorreu por três motivos principais:
1- Os rádios apesar de usarem microcontroladores e memórias, os circuitos eram mais simples e tinham um Firmaware sólido e bem feito;
2- Os modelos novos eram bem testados pelos fabricantes que não tinham pressa de lançá-los no mercado, uma vez que não havia a demanda/concorrência existente hoje;
3 -Não eram feitos na China.
Paradoxalmente, nem tudo que é feito na China é ruim. Eu já escrevi bastante sobre isso. Até porque o último lançamento da Futaba, o 18MZ usa
em seu circuito processadores idênticos aos usados pela Corona e FRSky. Veja no final desse artigo.
O que acontece é que quanto mais o firmware ( softawere ) do rádio fica maior e mais complexo, maiores são as possibilidades de ocorrerem "bugs"
( erros ). Quem conhece um pouco de programação de computadores sabe do que eu estou falando. Isso fica potencializado quando os programadores são"apressados" pelo fabricante que deseja lançar logo o produto no mercado.
O resultado disso todo mundo conhece. Os problemas começaram e há quem diga que ainda não termiram nos rádios Spektrum, depois foram os Futaba FASST e finalmente a Hitec, que até então estava " virgem" de problemas, esta chamando os usuários do Aurora 9 e dos receptores Optima 7 e 9
para que façam a atualização do Firmware.
Considerando tudo isso, convém pensar bem antes de comprar um rádio novo verificando qual é o rádio que melhor satisfaz as suas necessidades
levando em conta os modelos de avião que você voa, o tipo de vôo que você aprecia mais e principalmente se você está disposto a pagar um preço elevado por um rádio que dispõe de recursos que você não vai usar.
Rádio da Futaba usa o mesmo componente dos módulos Corona e FRSky
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Observem que o CI CC2500 salientado pelo quadrado azul usado na placa do 18MZ da Futaba também é usado por outros fabricantes de sistemas de 2.4 GHz . Entre eles FrSky, Hitec, RadioLink, Corona, Graupner e Multiplex. Esta imagem é de domínio público - encontrado no site da FCC OET - sob 18MZ FCC ID AZPT18MZ-24 G. |
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Fonte: http://www.modelflying.co.uk
Conversão de rádios de 35/40/50 ou 72MHz para 2.4GHz
É possivel fazer um "up grade" em rádios de qualquer marca ou modelo que esteja operando em qualquer frequencia para que ele passe a trabalhar em
2.4GHz.
Mesmo os rádios que operam em AM ou mesmo que estejam com a transmissão com defeito há grande possibilidade de reativá-lo instalando um modulo de 2.4GHz.
Tenho quase uma centena de clientes cujos rádios passei para 2.4GHz e todos, sem excessão estão bastante satisfeitos.
Na maioria das conversões eu uso modulos da Corona por serem altamente confiáveis e oferecerem um alcance minimo de 1,6Km. Bem superior a qualquer outro modelo de módulo das marcas tradicionais.
Tendo em vista que os rádios modernos, independente da marca ou modelo, cada vez mais apresentam problemas de fabricação, quer pela baixa qualidade dos componentes utilizados na sua fabricação, quer por defeitos no seu firmware ( software residente ), a instalação de um modulo de 2.4GHz num rádio Futaba ou JR mais antigo cuja funcionabilidade esta mais do que aprovada, pode ser uma solução eficiente e barata.
Muitos clientes relatam que desistiram dos modulos tradicionais da Futaba, Spektrum ou Hitec, devido aos constantes "recalls" necessários para corrigir falhas, enquanto os módulos chineses da Corona, Assan e FRSky apresentam um funcionamento seguro e sem surpresas, além de serem bem mais baratos.
Quem duvida da qualidade desses módulos, é só fazer uma visita nos forums internacionais como RC Groups, RC Universe, Fly Giant, e outros e verá que tantos os modelistas americanos quanto os europeus usam direto os módulos chineses e não se cansam de fazer testes e elogiá-los.
Quem estiver interessado em fazer a conversão do seu rádio, basta mandar um email para que possamos combinar o serviço.
O serviço é garantido e quem conhece o meu trabalho sabe que eu não faço "gambiarras" como muitos aventureiros que andam por ai oferecendo serviços
bem mais caros e sem nenhum comprometimento com os clientes.
Mano
RádioFutaba Gold AM T6FG/K convertido para 2.4GHz
RádioAirtronics RD600 convertido para 2.4GHz
Posicionamento das antenas nos rádios de 2.4GHz
O funcionamento correto e seguro dos rádios de 2.4GHz depende em grande parte do correto posicionamento das antenas dos receptores e dos rádios.
As antenas dos rádios de 2,4Ghz irradiam o sinal da mesma maneira que aquelas dos rádios de 72MHz, portanto a regra básica de NÃO APONTAR A ANTENA PARA O MODELO é a mesma.
A antena do rádio deve ficar SEMPRE na vertical em relação a frente do rádio ou num angulo de 45º apontando para o chão no caso dos módulos instalados na parte de trás dos rádios.
Nos receptores devido a variedade de modelos existentes atualmente a recomendação do posicionamento das antenas varia de acordo com o fabricante. Nos receptores da Futaba, Corona, FRSky e outros que usam um sistema de duas antenas, as mesmas devem ser instaladas de modo que formem um angulo de 90º entre elas conforme a figura abaixo.
Nos receptores da JR/Spektrum que utilizam receptores satélites, basta instalar os receptores de modo que as antenas de um fique na horizontal e do outro na vertical . Se o receptor for do tipo AR500, deve se obedecida a mesma orientação para os receptores da Futaba, ou seja 90º entre o fio maior e o menor.
AR500 posicionamento da antena ( fonte: www.rcuniverse.com ) AR6200 posicionamento dos receptores ( fonte: www.spektrum.com )
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Nos receptores que tem apenas uma antena, como nos Orange ou nos park flyer a mesma deve ficar bem reta e o mais afastada possível de massas metálicas como baterias, servos, ESC's, fios e etc.
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Posicionamento das antenas de um Receptor 2.4 GHz da Futaba ( fonte: www.rcuniverse.com ) |
Nos rádios a posição das antenas também é muito importante e é a causa de muitas "perdas de sinal" e consequentes quedas de modelos. É comum vermos em fotos e vídeos na internet, pilotos renomados e até mesmo em competições com a antena do rádio posicionada totalmente errada.
Da mesma forma que a antena de um rádio de 72, 50 ou 27MHz, nas antenas de 2,4 GHz a onda de rádio se propaga de forma concêntrica, tendo como centro dos circulos a própria antena.
Imagine um radio de 2.4GHz "em pé" no chão com a antena na vertical. Olhando de cima, imagine circulos em volta da antena, como se fosse aqueles que vemos quando jogamos uma pedra num lago.
O centro dos circulos produzidos na agua é exatamente o ponto aonde a pedra caiu.
No caso do rádio é a mesma coisa. O sinal é mais forte em volta da antena e mais fraco na ponta
Portanto se você estiver pilotando com o rádio na posição normal, ou seja, segurando ele "deitado", com elechão e a antena pra frentel o sinal mais forte será transmitido formando um disco imaginário colocado em pé na sua frente. Em outras palavras haverá um sinal bem forte sendo transmitido para os lados e um sinal fraco prá frente em direção a pista ( aonde está o avião ).
Fica claro então que quando você "aponta" a antena para o avião o sinal é mínimo e poderá haver perda do link ( comunicação entre o rádio e o receptor).
Isso vale para radios que operem em qualquer frequência e não só para os rádios de 2.4GHz.
É justamente por essa razão que todos os ( bons ) fabricantes de RC de 2.4GHZ , nos manuais dos equipamentos, recomenda que a antena do rádio deve ficar sempre na VERTICAL EM RELAÇÃO A FRENTE DO RÁDIO. Só assim é possivel garantir que o link permanecerá sólido e confiável.
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Os sistemas de rádio que operam em 2.4GHz utilizam formas diferentes de modulação.
O mais comum é o DSSS - Direct Sequence Spread Spectrum que consiste num transmissor e num receptor funcionando numa região fixa da banda de 2.4GHz. Esse é o sistema utilizado pela JR/Spektrum, Assan, Corona e outros.
O outro sistema é o FHSS - Frequency Hopping Spread Spectrum cuja característica é a transmissão estar constantemente mudando de
canal dentro da banda em breves intervalos de tempo. Atualmente apenas a Futaba e a Airtronics utilizam este sistema.
Não é possivel afirmar categóricamente que um sistema e melhor do que o outro. Ambos tem as suas vantagem e desvantagens, entretanto poderíamos dizer que na teoria o sistema da Futaba seria melhor uma vez que além de ser FHSS também não deixa de ser DSSS porque por breves instantes a sua transmissão esta parada numa região da banda.
Como funciona o DSSS
O sistema DSSS, ou numa tradução livre “Espalhamento de Freqüência com Seqüência Direta”, “aloca” um canal dentro da banda de 2.4GHZ de forma aleatoria cada vez que o rádio é ligado. Bem diferente dos sistemas que operam em 72MHz onde o uso de um cristal determina de maneira precisa, exatamente o local (freqüência) dentro da banda onde o rádio estará transmitindo.
Na verdade, no DSSS o canal pode aparecer e desaparecer tão rapidamente que tem-se a impreensão de que ele existe em vários lugares da banda ao mesmo tempo.
Assim o rádio utiliza uma ampla gama de freqüências para enviar dados para o receptor, ao invés de um único canal de freqüência usado pelos rádios a cristal, daí o nome Espalhamento de Freqüência.
Como os canais estão em constante movimento dentro da banda, outros sinais poderão aparecer sem que isso cause qualquer tipo de interferencia. No máximo haverá uma pequena dimiuição do sinal transmitido até o receptor. Na verdade, mesmo que a banda esteja completamente lotada com sinais de outros equipamentos e quase completamente bloqueada, assim mesmo uma pequena parte do sinal de seu transmissor vai passar alcançando o receptor.
Não bastasse isso, ainda que outro transmissor DSS (ou mesmo vários outros) estiverem operando no mesmo canal, também é improvável que ocorra alguma interferência , porque o sinal do rádio também estará se deslocando dentro da banda numa seqüência e ritmo diferente também .
Por isso na sigla DSSS as letras SS representam o Spread Spectrum e as duas primeiras letras representam Direct Sequence, ou seja, a ordem e a freqüência com que o canal se move dentro da banda.
A ocorrencia de interferencias no sistema SS é muito remota uma vez qua qualquer sinal interferente teria que estar constantemente na mesma posição do canal que o rádio está transmitindo. Como vimos que esse posicionamento é aleatório essa possibilidade é nula.
Como funciona o FHSS?
A diferença entre o DSSS e o FHSS -Frequency Hopping Spread Spectrum basicamente é que o FHSS transmite “pulando” constantemente de canal em canal em toda a banda.
Esse sistema, pelo menos teoricamente, tende a sofrer menos com o congestionamento da banda porque como a transmissão está sempre mudando de canal, o sistema está sempre transmitindo apenas nos canais que estão “livres” não importando se são muitos ou poucos uma vez que a velocidade com que a troca de canal é feita é muito rápida, da ordem de 2 milisegundos ( milésima parte de um segundo ).
No sistema FHSS é ainda mais dificil acontecer interferencia devido a mudança constante do canal dentro da banda de forma aleatória. Isso torna esse sistema extremamente confiável para o uso em RC.
Salvo na situação ocorrida com alguns rádios FASST da Futaba onde, por erro de fabricação, duas ou mais séries de rádios foram produzidas com a mesma sequencia, ou identidade. Quando dois destes rádios entravam em operação lógicamente um interferia no outro, justamente porque "sabia" exatamente aonde os canais iriam aparecer dentro da banda!!!
Os rádios que utilizam o sistema FHSS atualmente são apenas os Futaba FASST e os modelos de 2.4GHz da Airtronics.
Maior proteção contra interferências
Além das formas inteligentes que os sistemas Spread Spectrum dispões para reduzir drasticamente o efeito das interferências, os fabricantes mais renomados ainda implementam outras formas de tornar as transmissões ainda mais confiáveis.
O sistema FASST da Futaba ( FHSS ) teoricamente é o mais eficiente para evitar interferência, conforme já foi explicado acima, devido a sua própria caracteristica e a JR/Spektrum encontrou outra forma de otimizar o seu sistema ( DSSS ), a qual consiste em transmitir não apenas um mas dois canais simultaneamente. Dessa forma se um dos canais sofrer interferencia a transmissão continuará a ser feita pelo outro sem nenhuma interrupção.
Assim os maiores fabricantes de RC, conscientes de que os seus rádios poderão controlar modelos de grandes dimensões, caros e potencialmente perigosos, procuram de todas as maneiras oferecer sistemas confiáveis e sólidos
Aqui podemos entender porque existem sistemas de 2.4GHz tão baratos e outros tão caros.
Sistemas redundantes.
Mesmo com todos os cuidados relacionados acima, ainda é possível minimizar os riscos de panes nos links de 2.4GHz trabalhando em cima de outra importante caracteristica da transmissão na banda dos 2.4GHz. Trata-se da maneira como os sinais de rádio se comportam quando são transmitidos pela antena do radio.
Em freqüências muito elevadas como a de 2.4GHz, a onda de rádio se desloca no ar de forma muito parecida com um feixe de luz.
Quando trabalhamos na banda dos 72MHz, embora essa freqüência também possa ser considerada elevada, o sinal emitido pela antena do rádio ainda consegue ultrapassar obstáculos como árvores e paredes sem sofrer muita absorção ou reflexão chegando ao receptor de forma satisfatória e fazendo o sistema funcionar normalmente.
Na banda de 2.4GHz as coisas ficam mais complicadas porque as ondas de rádio sendo mais “diretas”, agem como se fossem o facho de uma lanterna, e podem ser absorvidas e ou refletidas por objetos sólidos dentro do seu raio de ação, tais como árvores, construções, automóveis e outros objetos que compõe o ambiente.
Esta caracteristica fará com que um avião que está sendo controlado com um rádio de 2.4GHz, ao passar atrás de uma árvore, provavelmente o sinal de comando recebido pelo receptor sofrerá uma queda brusca, devido ao bloqueio, ou "sombra" que a árvore oferecerá ao sinal do rádio. Algo semelhante com um eclipse.
De forma semelhante se o avião passar próximo a uma construção ou a um objeto de dimensões avantajadas, parte do sinal do rádio que bate nesse objeto será refletido até o avião, chegando na antena do receptor juntamente com os sinais que vem direto do rádio. Esses sinais refletidos são conhecidos como “multi pathing” – ou caminho múltiplo – e provocarão no receptor uma “confusão”, uma vez que estarão defasados dos sinais diretos emitidos pelo radio. Conseqüentemente o receptor não conseguirá extrair os sinais de comando e o avião perderá o controle.
Para minimizar estas situações, os fabricantes projetam receptores com sistemas “redundantes”, seja através da colocação de mais de uma antena, ou utilizando dois ou mais receptores interligados.
Ao montar antenas ou receptores em lugares diferentes (mesmo que apenas uma ou duas polegadas de distância), pode-se assumir que uma ou outra será capaz de obter um sinal claro.
A JR / Spektrum utiliza dois ou mais receptores e ainda equipa cada um deles com duas antena. Esse arranjo garante que dificilmente o avião perderá o sinal do rádio seja qual for a situação de vôo que se encontrar.
Já a Futaba no seu sistema FASST. que já é bem seguro, usa apenas duas antenas montadas nos receptores como forma de melhorar a recepção. Teoricamente esta não é uma opção tão boa quanto a da JR Spektrum mas na prática funciona bem.
Qual é o melhor sistema?
Indiscutivelmente tanto o sistema FASST da Futaba quanto o DSM2 da JR / Spektrum são os melhores do mercado e oferecem a melhor
confiabilidade e desempenho.
Certamente sempre vamos encontrar pessoas que reclamarão de um ou outro sistema, assim como de resto de outras marcas.
É bom lembrar que ainda estamos lidando com equipamentos de primeira geração e inevitavelmente surgirão problemas e questões que terão que ser resolvidas. Tanto que a JR / Spektrum e a Futaba já enfrentaram alguns desses problemas, mas agora as coisas parecem ter se estabilizado.
No entanto, estão surgindo várias alternativas para as duas "grandes" marcas, embora sejam sistemas com menos recursos.
Há o XPS que é um sistema de módulos de 2.4GHz de canal único DSSS que não tem redundância nem de antena nem de receptor.
Apesar de muitas pessoas têm relatado excelentes resultados com este sistema, é importante ler atentamente os vários fóruns de discussão em torno da Internet para saber sobre outros problemas apresentados por este sistema.
Há um número crescente de pessoas que elogiavam o XPS e agora vem externar a sua decepção depois de perder alguns modelos devido a bloqueios ou outras falhas inexplicáveis do sistema.
Dentre os sitema feitos na China, o Corona e o Assan são os mais utilizados. Ambos são sistemas DSSS e ambos possuem redundância de antenas nos receptores. A diferença básica entre eles é que a a Corona não foi muito feliz quando lançou o seu primeiro sistema ( V1 ) que operava em FHSS, mas em seguida adotou o DSSS e não só isso, passou a transmitir três canais simultâneamente dentro da banda, o que confere ao sistema deles uma confiabilidade muito boa. Os sistema da Corona a partir disso passaram a ter uma boa aceitação entre os aeromodelistas de todo o mundo conforme pode ser comprovado nos forums do RG Groups e RC Universe. Ambos os sistemas, Corona e Assan funcionan relativamente bem e não são conhecidos muitos relatos de problemas sobre eles.
Compatibilidade entre os sitemas de 2.4GHz.
Não existem sistemas de 2.4GHZ que sejam compativeis entre si. Portanto não é possivel usar receptores JR/Spektrum com rádios Futaba FASST ou o contrário. Também os rádios feitos na China não são compativeis (ainda ) com os demais sistemas.
Esta situação é ainda pior quando você percebe que alguns receptores chineses são até melhores do que alguns produzidos por marcas de renome que custam três ou quatro vezes mais.
Então, porque os chineses não estão fazendo receptores compatíveis com a JR / Spektrum e a Futaba?
Simplesmente porque a tecnologia spread spectrum é uma tarefa difícil e fazer engenharia reversa de um sinal SS não é muito fácil (mas não impossível). O processo requer um considerável conhecimento e habilidade e tudo isso representa um investimento significativo, algo que muitas vezes não está disponível para os pequenos produtores chineses que estão atualmente construindo seus próprios sistemas de RC na China.
Além do mais, a Futaba (por exemplo) está usando nos seus receptores chips feitos especialmente para a fabrica "custom-made" o que significa que nem mesmo a aplicação de engenharia reversa seria suficiente para copiar um receptor e, muito provavelmente apenas se conseguiria jogar o receptor no lixo sem conseguir descobrir o seu funcionamento.
Na foto ilustrativa acima, podemos ver na tela de um Analisador de Spectro os sinais gerados pelos rádios de 2.4GHz mencionados no texto. Nesse teste o radio da Corona era mais antigo e transmitia em apenas dois canais. Abaixo podemos ver outra imagem mostrando o sinal de um rádio Corona mais moderno já transmitindo três canais.
Transmissão de um rádio Corona 2.4GHz
Os rádios de 2.4GH da Hobby King e os produtos chineses
Depois de tudo que foi dito no texto acima sobre o funcionamento, a confiabilidade e as marcas dos vários fabricantes de RC na faixa de 2.4GHz,
cabe mais algumas palavras para alertar aos aeromodelistas de como fazer uma boa escolha na hora de comprar um rádio de 2.4GHz .
Todos sabemos que a diferença de preço entre um rádio chinês e um rádio de marca tradicional, mesmo nos mercados fora do Brasil é muito grande
e a razão disso é a qualidade do projeto em si e a qualidade dos materiais empregados na fabricação dos equipamentos.
O radio de 2.4GHz da Hobby King é apenas um exemplo, mas vale também para outros rádios fabricados na China e que equipam sobretudo
pequenos modelos elétricos "combo", onde o conjunto avião/rádio/motor é extremanente barato, e por isso mesmo torna-se um atrativo irresistivel para aqueles que estão iniciando no aeromodelismo.
Não é preciso dizer que no momento que um rádio deste apresenta um defeito será dificil consertá-lo até porque o valor do conserto certamente será mais caro que o valor de um rádio novo.
Ai reside todo o dilema dos produtos chineses e não só dos rádios.
Quem compra estes produtos tem que estar consciente que está pagando muito barato e, portanto, se o rádio apresentar pane as chances dele voltar a funcionar são mínimas e o seu destino será o lixo.
Claro que nem todos os rádios e equipamentos que se compra da China são porcaria. Até porque existem muitos radios HK e principalmente os Turnigy 9X funcionando muito bem por ai.
Aqueles que já estão a mais tempo no hobby pesquisam bastante na Internet, nos forums e blogs antes de comprar radios chineses.
Trocar idéias e experiências com outros colegas antes de adquirir algum equipamento é a melhor forma de comprar coisas baratas com grandes chances de aproveitá-las como se pretende.
Para aqueles que estão iniciando no hobby, é importantíssimo que mantenham contato com modelistas mais experientes, seja no campo de vôo ou nos forums examinando os modelos que o pessoal esta voando, qual a motorização, o tipo de bateria, que carregadores estão sendo usados e etc. Formando assim a sua idéia sobre o tipo de equipamento deve comprar.
A minha experiencia apenas me permite indicar os modulos e receptores da Corona, da Assan e da FRSKY os quais já submeti a testes podendo afirmar que são realmente bons. Tenho aviões elétricos, glow e a gasolina voando com modulos destas marcas a bastante tempo sem o registro de nenhum tipo de problema.
Sobre os rádios da Hobby King de 2.4GHz, iguais ao da foto acima, eu que tenho recebido vários para conserto mas infelizmente pouco ou nada posso fazer por eles. Os defeitos mais recorrentes são a perda do bind e problemas na placa de transmissão do rádio..
Rádio 6XA que transmite em 72 e 2.4GHz
Com a facilidade de se conseguir modulos e receptores de 2.4 chineses a um custo relativamente baixo, ficou mais fácil para a maioria dos aeromodelistas, migrar para esta faixa gradualmente e sem grandes investimentos.
Os módulos vendidos na China tanto os da Corona como os da Assan, que são os mais conhecidos e utilizados em todo o mundo, são adaptáveis em qualquer tipo de rádio. Desde um 2.4 FASST da Futaba até um velho Futaba FG. Não me perguntem porque alguém que já tem um rádio de 2.4 original instalaria nele outro sistema. Creio que por acreditar mais no sistema chines...
Os módulos de 2.4 são de dois tipos: O externo, que é um módulo igual a um modulo de 72Mhz da Futaba ou da JR, que é usado nos rádios destas marcas que utilizam módulo externo de transmissão como os Futaba 7UA/8UA/9CAP e os JR 8103/9303/PCM10X e etc. Nestes rádios basta comprar o modulo Corona ou Assan compativem com a marca do rádio, retirar o modulo de 72 e instalar o de 2.4GHz. Os módulos internos são para os rádios que não usam módulo, como é o caso do 6XAs ai em cima, do 7CAP da série Sky Sport 4VF/7YF e outros.
O kit de conversão de 72 para 2.4 além do módulo e a antena, acompanha também um receptor de 6 ou 8 canais, de modo que, quando você adapta ou converte um rádio já pode usá-lo para voar um modelo. Depois é só ir comprando outros receptores avulsos.
A melhor parte desta conversão, além de ter um custo bem menor que a compra de um rádio original de 2.4, é que você continua usando um rádio com o qual já está acostumado, sabe como programá-lo e já tem seus modelos na memória.
Eu sei que muita gente não gosta de equipamentos chineses ( só gostam dos preços... ) embora pelo que eu tenho acompanhado nos forums internacionais, quem está usando está bem contente. Tem muita gente no exterior fazendo testes com equipamentos bem sofisticados e divulgando o resultado pela Internet, onde se pode ver que os projetos que estão sendo comercializados atualmente são muito bem feitos. É claro que tem o problema do controle de qualidade, mas isso não é privilégios destas marcas, é só pegar um Futaba 6EX FASST ou um Spektrum DX5e e em alguns deles encontraremos mais problemas do que quando se comprava um Attack AM!
O rádio da foto é um 6XAs, um dos últimos rádios de boa qualidade que a Futaba produziu ( Made in Taiwan ), no qual instalei um módulo da Corona que é acionado através de uma chave na parte superior do rádio, a qual liga o módulo de 2.4 e desliga a transmissão em 72MHz. Optei por este sistema para que não fosse preciso retirar o cristal do rádio toda vez que a transmissão de 2.4 fosse ativada. É preciso esse cuidado para que o rádio não fique transmitindo nas duas frequencias.
Detalhes da instalação Led indicando transmissão em 2.4
Como fica a instalação no interior do rádio. O módulo é acomodado embaixo da antena.
Embora a confiabilidade destes kits modulo/receptor de 2.4, sejam da Corona, sejam da Assam, possa ser considerada boa, eu não recomendo o seu uso em modelos grandes ou caros. É um sistema ideal para aquele aeromodelista que tem um rádio com modelos comuns, elétricos e/ou glow, com os quais voa bastante nos finais de semana, principalmente porque não ficará mais "atrelado" a um canal sujeito a interferências ou partilhado com outro colega.
Qualquer dúvida entre em contato.ManoRC
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Com o módulo instalado e o receptor com as conexões de bateria e servos feitas, então é a hora de fazer o "casamento" entre o módulo e o receptor.
Nos sistemas de 2.4 é esse casamento garante que o receptor não vai receber nenhum outro sinal que não seja aquele do rádio (módulo) que está transmitindo para ele, ou seja, não sofrerá interferência.
Cada fabricante tem um jeito de fazer esse "casamento" ou "bind", neste texto vamos ver apenas de como isso é feito nos equipamentos da CORONA.
Na verdade eu estou apenas traduzindo o folheto que acompanha o conjunto módulo/receptor.
A primeira recomendação é que você verifique se o seu rádio está programado para transmitir em PPM . Os rádios mais simples que não transmitem em PCM, e automaticamente já estarão em PPM não necessitando mexer em nada.
1.
Aperte o botão existente no módulo e sem soltá-lo ligue o rádio.
2.
Assim que ligar o rádio solte o botão na mesma hora. O manual pede atenção para essa operação porque se o botão permanecer pressionado por um tempo maior do que 3 segundos o módulo pode apresentar problemas.
Nesse momento o Led do módulo deve ficar piscando alternadamente entre o vermelho e o verde. Isso indica que ele está preparado para fazer o Bind com o receptor.
3. Agora aperte o botão existente no receptor e o mantenha pressionado enquanto liga o receptor. Nesse momento um Led no interior do receptor ( visto pela parte debaixo ) vai piscar duas vezes indicando que o receptor reconheceu o código do módulo e, depois ficará APAGADO. Pronto, o Bind foi feito com sucesso.
4. Desligue o radio e o receptor.
5.
Volte a ligar o receptor sem apertar nenhum botão e após ligue o rádio, também sem apertar botão nenhum. O LED do módulo ficará vermelho e o link entre o rádio e o receptor será fechado entre 5 a 20 segundos. Se o sistema estiver OK o LED vermelho do receptor permanecerá aceso sem piscar e os servos devem responder aos comandos do rádio.
6.
Se o LED do receptor piscar algumas vezes ou mesmo nem acender, repita o item 5 novamente ( não aperte botão nenhum, apenas desligue o radio e o receptor e torne a ligá-los novamente).
Faça isso até que o Led do receptor fique permanentemente aceso indicando que o link efetivamente está sólido. Uma vez linkado o conjunto
permanecerá assim até que um novo procedimento seja feito.
Nos rádios de 2.4GH, tanto tanto da Futaba como os da Spektrum, a antena transmissora é feita com o próprio cabo que sai do módulo de transmissão, apenas "desencapando" parte da malha de blindagem e deixando exposto o fio central do cabo que torna-se a antena própriamente dita.
A parte "ativa" da antena é embutida na parte superior do tubo plástico móvel que compõe a antena dos rádios .
Nos radios da Futaba a articulação da antena é feita apenas no encaixe entre a parte fixa e a móvel, permitindo que o cabo passa livremente no
seu interior. Já nos rádios da Spektrum, essa mesma articulação é conseguida fazendo passar um pino plástico entre as partes e o cabo passa entre esse pino
e o corpo plástico da antena.
Quando a articulação quebra o pino, seja por uma quada do rádio ou porque alguém a força além do limite, o pino quebra e a ponta da antena fica pendurada pelo cabo. Neste casos é comum o usuário tentar conserta a antena colocando um pino metálico na articulação, porém como o espaço onde passa o cabo é muito pequeno, muitas vezes ao forçar o pino o cabo é rompido fazendo com que o rádio deixe de transmitir.
Tenho recebido alguns rádios nestas condições na oficina. Lamentávelmente, como não é um hábito fazer o teste de alcance ( muitos aeromodelistas
sequer sabem como fazer o teste com os rádios de 2.4 ), o problema só será percebido quando houver a perda do controle do modelo.
Nestes casos onde o cabo é rompido, o ideal seria trocar todo o conjunto da antena, a parte exterior plástica e o cabo. Porém como isso nem sempre é possível, eu tenho consertado as articulações e emendado o cabo rebentado conforme pode ser visto nas imagens abaixo. É uma solução eficiente, a emenda é feita de modo que fique no interior do rádio, e tem dado bons resultados.
Nunca esqueça que para o melhor desempenho do link de rádio, a antena deve ficar perpendicular ao rádio durante o vôo e nunca apontando para o modelo.
Emenda do fio central (0,7mm) Emenda da malha de blindagem Cabo pronto
Mensagem de erro no Spektrum DX7
Essa mensagem aparece quando, por qualquer motivo, o usuário esquece de desligar o rádio normalmente. O rádio ficando ligado, a bateria vai se descarregando lentamente até atingir a voltagem mínima quando então é acionado o alarme audível. Se mesmo assim o rádio não for desligado, a bateria continua a descarregar-se até que o rádio "apaga" totalmente.
Quando o aeromodelista vai usar o rádio e percebe que este ficou ligado, ele faz a coisa mais óbvia. Desliga a chave e liga o carregador. A surpresa aparece no momento que o rádio é ligado novamente. Aparece no display apenas a mensagem "BACKUP ERROR", e o rádio não funciona mais.
Ela indica que o processador do rádio não conseguiu finalizar a programação corretamente, isto é não conseguiu, gravar os parâmetros que estavam em operação durante a operação do rádio.
Em princípio isso não deveria ocasionar nenhum problema. O software deveria "gerenciar" esta situação tranquilamente. Mas isso não acontece no DX7, portanto NA MINHA OPINIÃO ISSO É UM ERRO DE SOFTWARE e, portanto um defeito de fabricação.
Gostaria de informar àqueles que "encostaram" os seus rádios DX7 devido a esse problema que já é possivel recuperá-lo.
Faça contato com a gente para maiores informações.
O receptor R168DF foi lançado para substituir o velho e bom R127DF que por muitos anos equipou os radios FM da Futaba mas foi descontinuado.
O problema é que esse receptor é montado na China e a qualidade do circuito, como de resto os outros equipamentos que a Futaba está fabricando
naquele país, não é boa.
Recebo com alguma frequencia receptores R168DF cujos componentes estão mal soldados na placa do circuito provocando mau funcionamento dos
mesmos. Alguns receptores apresentam tantos problemas que simplesmente não é possivel consertá-los!
Quando estes receptores sofrem uma pancada forte, no caso da queda do modelo, então o problema é maior e são raros aqueles que se con-
segue fazer funcionar normalmente devido aos contatos intermitentes entre os componentes e a placa do circuito.
Certamente não são todos os receptores que apresentam esses problemas. A maioria funciona bem, mas o que chama a atenção é que no caso dos receptores mais antigos, especificamente os R127DF, jamais vimos ocorrer esse tipo de problema. O controle de qualidade do circuito era muito melhor e mesmo sofrendo pancadas violentas quebram-se os componentes ( filtros cerâmicos, cristais e até bobinas ) mas a integridade das soldas e da placa principal
raramente são atingidas.
Por isso fica aqui o meu conselho: Se você comprou um rádio FM da Futaba e o receptor é o R168DF, redobre os cuidados ao instalá-lo no avião.
Não economize espuma em volta dele e proteja-o muito bem, porque se der o azar do avião vir a a lenhar e o receptor bater, haverá uma possibilidade
grande de você precisar comprar um receptor novo.
Por outro lado se você está querendo comprar um outro receptor FM para um segundo avião, compre um R127DF usadinho em bom estado que além de ser mais barato não lhe trará dores de cabeça no futuro.
Alguns cuidados com os receptores de 2.4GHz
Com a popularização dos rádios de 2.4 GHz estão surgindo dúvidas entre os aeromodelistas sobre o funcionamento e até a confiabilidade destes rádios. Como funcionam É sabido que os rádios de 2.4 não usam cristais, são sintetizados. O que muita gente não sabe é que eles não operam num canal fixo como os rádios cristalizados. Caracteristicas práticas
A instalação dos receptores
MAno |
Um
nova marca de RC apareceu no mercado brasileiro. São os rádios
da marca WALKERA. Os mais simples como este da foto fazem parte do kit de helicópteros
elétricos.. Outro modelos mais sofisticados com até 8 canais tentam
imitar os radios da JR.
Esses
rádios são feitos na China e como tal tem um preço muito
convidativo em relação as marcas tradicionais japonesas. O grande
problema é que o produto todo é baixa qualidade, tanto na parte
eletrônica como mecânica. Assemelham-se muito aos produtos vendidos
por camelôs, ou seja, quando apresentam
algum tipo de problema raramente é possível consertá-los
e o seu destino é a sucata.
Não
só esta marca de radiocontrole produzido na China está chegando
ao mercado nacional, já chegaram as minhas mãos para conserto
radios de marcas
totalmente desconhecidas e sem a menor possibilidade de recuperação.
Este
modelo que aparece nas fotos me chamou a atenção porque além
de não funcionar corretamente, e os seus componentes não fazerem
parte da produção de fabricantens conhecidos e bem documentados,
as duas chaves que aparecem na parte frontal do rádio, bem como um pequeno
botão preto junto a chave do lado direito, SIMPLESMENTE NÃO FORAM
LIGADOS AO CIRCUITO!!! Foram apenas fixados na carcaça do rádio
e ali ficaram sem nenhuma função!
Na foto abaixo
é possível ver inclusive que sequer receberam solda em seus terminais???!!!
Fica então
o alerta, sobretudo àqueles que estão iniciando no aeromodelismo,
para que não comprem equipamentos assim. Podem até serem mais
baratos que um rádio equivalente de uma marca consagrada, mas sequer
chegam perto em qualidade.
A minha preocupação
é que o pessoal iniciante começe a comprar estes rádios
e instalar em modelos Glow. Em tese irão funcionar, mas na prática
o
risco de se perder o controle do modelo ou mesmo provocar algum acidente mais
grave é grande.
Tudo bem, brincar
com um helicópterozinho elétrico que voa a 20 metros do piloto
é uma coisa, mas utilizar esse tipo de rádio em modelos maiores
é problema.
Sabemos todos os
problemas enfrentados pela grande maioria dos colegas aeromodelistas: Falta
de dinheiro e falta de conhecimento. Para a primeira não
tem como fazer muita coisa, mas em relação ao conhecimento, fica
o conselho: Conversem com colegas mais antigos no hobby, perguntem bastante
e observem os equipamentos que estão sendo utilizados nas pistas antes
de fazer uma compra. Certamente é muito melhor comprar um sistema de
radicontrole tradicional de uma marca consagrada, mesmo que seja usado, do que
comprar um equipamento "marca diabo" novo.
Lembrem-se do ditado:
" Não existe almoço grátis ! ". Isso vale para
qualquer tipo de compra.
MANO
A
exemplo dos rádios 4YF, os modelos da série EXA ( 4EXA, 6EXA e
6EXH ), apresentam uma grande queda de qualidade
incompatível com o nome FUTABA.
Estes
modelos fabricados na China, além de terem um design interno muito pobre,
com fios passando por todos os lados da placa
do circuito e colados com "cola quente", apresentam também
problemas de qualidade nos potenciômetros dos sticks.
Sendo peças sujeitas a constante movimento, não suportam a rotina
de trabalho e seguidamente recebo estes transmissores apre-
sentando problemas nos sticks.
Nem
mesmo o rádio "Walkera" da foto acima, feito também
na China e sem qualquer tradição de nome entre os RC utiliza os
poten-
ciômetros metálicos de melhor qualidade do que os utilizados pela
Futaba nos rádios EXA.
Através
das fotos abaixo podemos ver que mesmo os antigos rádios Conquest FM
ou mesmo o Attack AM ( montados em TAIWAN )
tinham sticks de melho qualidade.
Portanto
fica a sugestão: se você tem um rádio desta série,
SEMPRE ante de voar, confira se os comandos estão funcionando correta-
mente.
Stick de um rádio 7UAF/P. É possível
observar 4 Aqui
vemos um stick de um rádio 4EXA. Os potenciômetros
potenciômetros metálicos. Dois ligados as alavancas são
plásticos e apenas 2 já que o ajuste da trimagem é digital.
dos sticks e mais dois para o ajuste da trimagem.Também Não
existe ajuste para a pressão das molas. Não existe nada
podemos ver os parafusos para ajustar a pressão das mo- aparafusado.
Tudo é encaixado e colado.
las dos sticks.
Acima o potenciômetro plástico utilizado nos rádios da série
EXA e a pequena arruela que o trava no conjunto do stick.
Abaixo o potenciômetro metálico utilizado nos rádios de
maior qualidade.
Depois dos problemas de "identidade" apresentados pelos rádios FASST da Futaba, agora é a vez dos Spektrum mostrarem o seu "lado negro".
O defeito apresentado por uma série destes rádios trata-se de mau contato nos potenciômetro dos sticks. É o velho problema tão bem conhecido dos usuários dos rádios da série EX da Futaba, principalmente o 6EXA. Só que a Futaba não quis fazer um recall talvez porque nem tivesse como saber qual série de rádios apresentam problemas e, acabou deixando a "bomba" nas mãos dos infelizes compradores.
Na verdade isso até era de se esperar porque os rádios da Spketrum também são montados na China. O dificil de aceitar é que um fabricante mantenha um controle de qualidade tão baixo sabendo dos problemas da terceirização para os asiáticos.
Bem pra começo de conversa não são todos os rádios DX6i que estão apresentando problemas. Apenas aqueles que tem dentro da caixa das baterias o selo de data de fabricação 807E, 808E, 809E, 810E, 811E, 812E e 901E
Segundo a Horizon Hobby, distribuidora da marca, TODOS os rádios que não tiverem os numeros relacionados NÃO APRESENTAM O PROBLEMA e portanto não necessitam serem enviados para o recall.
Também aqueles rádios que NÃO TENHAM NENHUM SELO ( Date Code Label ) estão isentos do problema e podem ser usados normalmente.
Os rádios com problemas que estejam fora dos EUA deverão ser encaminhados as lojas aonde foram comprados e estas providenciarão o envio para a assistência técnica para que o reparo seja feito.
Boa sorte a todos.
Mano
Muitos colegas me pedem manuais em Português de rádios, carregadores, cicladores e outros equipamentos utilizados em modelismo.
Alguns eu tenho e envio uma cópia cobrando apenas o custo da xerox, mas outros só disponho de copias em inglês o que dificulta a leitura para o pessoal.
As importadoras é quem deveria fornecer cópias em português dos manuais daqueles produtos que eles representam, mas infelizmente sei que isso não acontece.
Portanto estou solicitando que todos que estiverem lendo este texto e tiverem manuais de qualquer equipamento de aeromodelismo, principalmente dos rádios, que façam a gentileza de me mandar uma cópia. Eu pago a xerox e o correio.
Assim poderei disponibilizar para o pessoal de todo o Brasil essa literatura técnica tão preciosa para aqueles que compram um rádio usado e não sabem como operá-lo.
Aceito também manuais em inglês porque na medida do possível vou traduzindo algumas partes e repassando as informações em português pro pessoal.
Em breve disponibilizarei no site uma lista de manuais que tenho para que os colegas possam ter acesso a eles.
Obrigado a todos.
Mano
Obs: Antes de mandar o material por favor enviem um email informando a MARCA e o MODELO do equipamento.
O equipamento de radiocontrole (R/C) utilizado para comandar os aeromodelos
continua sendo, para a maioria dos aeromodelistas, uma "caixa preta".
Isso acontece porque para que se possa efetivamente entender o seu funcionamento,
é necessário ter alguns conhecimentos básico de eletrônica
e telecomunicações.
Tentaremos nesse texto, fornecer ao colegas algumas informações
com a finalidade de esclarecer um pouco o que há dentro dessa "caixa
preta", com palavras simples e sem abusar muito dos termos técnicos.
O funcionamento de um R/C deve ser bem simples, quando movimentamos a alavanca
do stick do transmissor esperamos que o servo correspondente se movimente proporcionalmente
controlando o modelo.
O movimento do stick gera um sinal elétrico que precisa chegar até
o receptor para movimentar o servo. A forma de fazer chegar ao receptor o sinal
produzido pelo movimento do stick é "juntá-lo " a uma
onda de rádio.
Esse processo é bem conhecido de todos nós. Quando escutamos um
jogo de futebol num rádio acontece a mesma coisa, a única diferença
é que nesse caso é um microfone que está gerando o sinal
elétrico que chega até o nosso receptor. Da mesma forma quando
assistimos a televisão, o sinal elétrico que estamos recebendo
foi produzido por uma câmara de vídeo no estúdio da emissora.
A "mistura" do sinal elétrico do nosso R/C com a onda de rádio
recebe o nome técnico de modulação. Se a modulação
alterar a amplitude da onda de rádio, teremos um sistema AM
( Amplitude Modulada ). Por outro lado, se a modulação alterar
a freqüência da onda de rádio, teremos um sistema
FM ( Freqüência Modulada).
O sinal elétrico que vai modular a onda de rádio pode ser de dois
tipos:
PPM
( Pulse Position Modulation ) ou modulação por posicionamento
de pulso;
PCM
( Pulse Code Modulation ) ou modulação por código de
pulso.
Resumindo isso tudo o que você precisa saber é o seguinte:
AM e FM são tipos de modulação da onda de rádio;,
PPM e PCM são formas de codificar o sinal elétrico que
vem reproduz o movimento do stick.
Podemos então ter um rádio FM que seja tanto PPM como PCM ,
( mais comum ) ou ainda um rádio AM que também seja PPM ou PCM
, ( menos comum ).
A pergunta é: Porque não temos rádios AM codificados em
PCM ? Tecnicamente isso é viável, tanto que os primeiros rádios
FUTABA codificados em PCM eram AM. Porque ? Simplesmente porque não existiam
R/C FM ainda !
Hoje todos os rádios PCM são FM porque a transmissão em
FM tem uma série de vantagens em relação a transmissão
em AM, por isso não se fabricam mais rádios AM.
Vantagens e desvantagens dos sistemas de R/C
RÁDIOS AM
Os rádios AM que ainda são muito usados aqui no Brasil devido
ao seu baixo preço e ao fato de muitos colegas ainda possuírem
aquele primeiro rádio adquirido quando ingressou no aeromodelismo. Esses
equipamentos quando bem conservados funcionam perfeitamente, dentro das suas
limitações técnicas. As principais limitações
de um rádio AM são:
- Baixa imunidade a interferências produzidas por ruídos elétricos,
pois os ruídos, devido a sua característica elétrica, localizam-se
nos picos da onda de rádio, justamente no local em que um rádio
AM transporta os sinais elétricos de controle.
- Baixa capacidade de rejeitar sinais interferentes de outros canais dentro da faixa de operação. Isso ocorre porque os receptor utilizados nos rádios AM são de conversão simples. A conversão de freqüência, faz parte do processo que o receptor utiliza para receber os sinais enviados pelo transmissor. Enquanto num receptor de AM esse processo acontece uma só vez, nos receptores de FM ele ocorre duas vezes, tornando o receptor mais "seletivo". Esses receptores podem ser identificados pela tarja vermelha onde está escrito [ DUAL CONVERSION ].
Se você utilizar seu rádio AM em zonas onde não existem muitos colegas voando juntos e que não possuam muitas fontes geradoras de ruído como industrias, estações de radio difusão etc, certamente você voará sem problema algum no rádio.
RADIOS FM - PPM
Os rádios FM, que trabalham com a codificação dos sinais em PPM também são chamados de rádios analógicos , não apresentam as limitações do rádio AM e, portanto, só tem vantagens em relação a este. São mais imunes aos ruídos elétricos pois a modulação é feita pela variação da freqüência da onda de rádio e não da amplitude como no AM. O receptor de FM trabalha no sistema de dupla conversão e por isso não sofre a interferência de outros canais.
RADIOS FM - PCM
Os rádios FM, que codificam os sinais dos sticks em PCM são conhecidos
também como rádios digitais. Fora essa particularidade, seu funcionamento
é idêntico ao de uma rádio FM PPM. A grande vantagem desse
tipo de rádio é que o seu receptor só identifica os sinais
codificados pelo transmissor, sendo portanto imune a qualquer outro tipo de
ruído ou interferência.
As variações do sinal elétrico produzida pelo stick são
enviadas a um microprocessador que as codifica em uma seqüência binária
( 1 e 0 ), também chamada de "palavra digital" , que é
enviada pelo transmissor até o receptor como nos processos analógicos.
Ao chegar no receptor, outro microprocessador "identifica " o código
e aciona o servo correspondente. O número 1024 que vem impresso na caixa
do rádio PCM, indica que o rádio pode codificar até 1024
posições diferentes do stick! Ou seja, para cada uma das 1024
posições que o stick for colocado, o rádio gerará
uma "palavra digital" que será enviada ao receptor.
Toda esse sofisticação tem um custo, geralmente medido em dólares...
CONCLUSÃO
Agora você tem condições de avaliar qual o melhor sistema
de R/C que deve comprar. Como e onde pode utilizar o rádio que você
possui, e também ficou sabendo porque um rádio custa mais caro
que outro.
Esse texto foi uma apresentação bem superficial, destinada a colegas
que não possuem conhecimentos mais profundos em eletrônica e telecomunicações.
Em artigos futuros, estarei abordando questões mais técnicas dos
equipamentos de R/C, destinada aos mais "iniciados"
Convém salientar que entre os maiores fabricantes de R/C, existem diferenças
entre o modo de operação dos equipamentos. Como exemplo posso
citar os rádios FM da JR que não utilizam receptores de dupla
conversão, preferindo o emprego de outros componentes diferentes. O resultado
disso é um receptor bem menor que o da Futaba com o mesmo desempenho.
Pessoal,
vez por outra recebo um rádio para consertar, cujo dono alega que estava
voando normalmente e de súbito perdeu o controle do modelo. Já
sei que depois de submeter o rádio a todos os testes com o equipamento
não vou encontrar defeito algum. Mas o colega não é maluco,
se ele perdeu o controle do modelo, alguma coisa houve.
Descartando-se
os casos em que a chave liga/desliga tinha mau contato, que os fios e/ou conectores
da bateria estavam oxidados ou frouxos, qua a própria bateria já
estava velhinha e esgotou a carga antes tempo e que não tenha havido
erro de pilotagem, certamente a causa da queda foi devido a uma INTERFERÊNCIA.
Mas
afinal o que é INTERFERÊNCIA? Deixando de lado a interferência
que algumas pessoas fazem nos assuntos dos outros, vamos nos restringir a interferência
que acontece nos sistemas de radiocomunicação onde um radio transmissor
envia sinais através do ar que serão captados por outro rádio
receptor distante.
O
sistema mais conhecido de radiocomunicação por todos são
as emissoras de radio comerciais de AM e FM. Nesse sistema, potentes transmissores
com vários KW ( quilowatts ) transmitem seus sinais em todas as direções
(omnidirecionais), abrangendo uma região que pode ser de algumas dezenas
de quilômetros no caso das transmissões em FM, até centenas
de quilômetros nas transmissões de AM.
Um
receptor de rádio quando sintonizado exatamente na frequência (
CANAL )de uma dessas emissoras irá receber os seus sinais na forma de
musica ou voz. Intuitivamente também sabemos que quanto maior for a POTÊNCIA
da emissora, mais longe serão captados os seus sinais. Por outro lado
quanto maior for a SENSIBILIDADE do receptor, melhor ele captará emissoras
distantes.
O
receptor porém deve apresentar uma outra caracteristica além da
SENSIBILIDADE, caracteristica essa, não tão importante quando
se trata de escutar musica ou notícias, mas primordial quando queremos
receber sinais de telecomando como é o caso do nosso radiocontrole, é
a SELETIVIDADE.
Enquanto a SENSIBILIDADE é responsável por fazer com que
o receptor receba sinais fracos, a SELETIVIDADE faz com que ele receba sómente
o sinal de uma determinada estação, na qual ele está SINTONIZADO,
REJEITANDO todos os outros sinais que estão presentes na sua ANTENA.
Sem
entrar em muitos detalhes técnicos, vamos apenas dizer que o circuitos
responsáveis pela SELETIVIDADE num receptor são os FILTROS.
FILTROS
são conjuntos de componentes eletrônicos projetados para deixarem
passar só uma frequência rejeitando as outras. Imagine a ANTENA
do receptor como uma peneira na qual você coloca certa quantidade de areia
e imagine que o diâmetro da tela da peneira é o FILTRO do receptor.
Assim como na peneira você vai ter grãos de areia de todos os tamanhos,
também na ANTENA do receptor voce terá várias frequências
( CANAIS ) presentes. Como na peneira só vão passar grãos
de determinado tamanho, também o receptor só irá receber
o CANAL para o qual o FILTRO foi SINTONIZADO.
Até
aqui tudo bem mas o que vai acontecer se ao invés de colocarmos um punhado
de areia na peneira colocarmos uma pá bem cheia? Certamente parte da
areia irá derramar pelas bordas da peneira causando INTERFERÊNCIA
na nossa areia peneirada! Ou seja, o FILTRO do receptor é projetado para
bloquear os sinais indesejáveis DENTRO DE UM DETERMINADO LIMITE! O que
eu quero dizer com isso é que se próximo ao receptor existir um
outro transmissor com potência bem maior que o nosso rádio, MESMO
QUE ELE NÃO ESTEJA EXAMENTE NA NOSSA FREQUÊNCIA IRÁ CAUSAR
INTERFERÊNCIA NO NOSSO RECEPTOR.
Além
da potência, existe outro fenômeno que causa INTERFERÊNCIA
em sistemas de rádio. São as chamadas frequências ( ondas
) harmônicas . Esse é um assunto que envolve um pouco de física
e matemática, por isso basta que saibamos que quando uma onda elétrica
é produzida no transmissor, junto com ela, chamada de FUNDAMENTAL ( onda
cuja frequência corresponde exatamente ao CANAL que estamos utilizando),
também são geradas várias outras ondas cujas frequências
são múltiplos da frequência original. Essas ondas são
chamadas de frequências IMAGENS da onda principal. A principal catacteristica
dessas ondas é que a medida que aumenta o múltiplo diminui a potência
das mesmas. Só para ilustar podemos imaginar que se temos um transmissor
de 10 watts de potência na frequência FUNDAMENTAL, a primeira harmônica
2IM ( 2 vezes a frequência fundamental ) possui sómente 3 watts
e a segunda harmônica 3IM ( 3 vezes a frequência fundamental) apenas
0,1 watt. Os valores são ficticios pois a relação entre
a potência das harmônicas é dada por uma fórmula matemática.
Voltemos ao nosso R/C. A potência de um transmissor de R/C varia
entre 0,4 - 0,7 watts ( 400 a 700 miliWatts). O filtro do nosso receptor é
projetado para bloquear frequências indesejáveis QUE TENHAM POTÊNCIA
DENTRO DESSA FAIXA. Só para exemplificar, se tivermos uma estação
de rádio operando nas proximidades da nossa pista e em uma frequência
que gere ondas harmônicas exatamente na frequência do CANAL que
estamos operando, se que essas ondas tiverem potência suficientemente
elevada para suplantar o FILTRO do nosso receptor - VAMOS SOFRER INTERFERÊNCIA!
Para
finalizar vamos ver como se caracteriza na prática essa tipo de INTERFERÊNCIA.
Você nota que o avião voa bem exeto em uma determinada área
da pista, geralmente na aproximação final, quando o modelo parece
que perde o controle - as vezes perde mesmo e cai. Você logo desconfia
do rádio porque o resto do pessoal que está voando sem problemas
. Provavelmente essa interferência só acontece no seu canal.
Tente
verficar com o pessoal que está voando se notaram alguma interferência
na mesma região da pista, em caso positivo qual o canal eles estão
utilizando.
Se
a INTERFERÊNCIA é continua, ou seja ao voar em determinada área
da pista o avião fica "maluco", pode ser indicação
de que a a INTERFERÊNCIA esteja sendo gerada por uma estação
comercial de AM ou FM nas proximidades.
Se
a INTERFERÊNCIA é aleatória - acontece de vez em quando,
podemos suspeitar de um transmissor de radioamador, faixa do cidadão
ou de outro serviço privado de telecomunicações.
Troque
o canal do rádio ( troque os cristais por outros de frequência
diferente e faça um teste novamente ). Se o problema desaparecer fica
claro que era um INTERFERÊNCIA específica no canal que você
estava utilizando.
Transmissões
do sistema de Rádio Chamada ( BIPS ) também podem interferir no
R/C uma vez que as frequências utilizadas nesse serviço fica localizada
exatamente dentro da faixa destinada aos R/C utilizando os canais ímpares.
Por exemplo entre o canal 20 ( 72.190MHz ) e o canal 21 ( 72.210MHz ) está
operando uma frequência de BIP de 72 200MHz !
Estações de rádio mal ajustadas, antenas transmissoras
mal acopladas, "butinas" que multiplicam varias vezes a potência
de uma estação de PX, geralmente mal construídas, são
alguma fontes de INTERFERÊNCIA nos R/C. Lembremo-nos que existem milhares
de sinais de todas as frequências e com varios niveis de potência
presente no ar que nos rodeia sem que saibamos nem de onde são gerados.
Resta para nós o elo mais fraco dessa corrente, matermos nossos equipamentos
bem ajustadas e em boas condições operacionais, pois só
assim não seremos surpreendidos com a famigerada INTERFERÊNCIA.
Na
edição de Outubro/2001 da RC Modeler, o consultor técnico
de R/C da revista, George Stainer, publicou um pequeno artigo sobre a influência
do tamanho da antena do receptor no funcionamento do equipamento de R/C. Em
seu relato, ele cita que muitos colegas que gostam de voar modelos muito pequenos
tem problemas com o tamanho da antena do receptor, pois além de causar
arrasto no modelo se ficar abanando na cauda, um movimento mais brusco pode
fazer com que o fio seja apanhado pela hélice causando a queda do modelo.
Os testes foram feitos de maneira
empírica, ou seja, no campo porém com a utilização
de aparelhagem específica para determinar as alterações
na intensidade do sinal recebida pelos receptores. Foram utilizados equipamentos
de R/C de todas as marcas porém sempre na faixa de 72 MHz.
Dobrando
uma antena normal de 39" ( 1 metro aproximadamente ) de maneira que ela
fique na forma de um "U" sendo que a parte maior fique com um comprimento
de 20" (50 cm aprox.) e o resto do fio colocado paralelamente com um separação
de 4" ( 10 cm), A recepção apresenta uma perda de 4% do
sinal recebido.
Cortando um pedaço de 3" ( 7,5 cm ) dessa mesma antena porém utilizando a mesma esticada normalmente a recepção não é afetada! Portanto se a antena do seu receptor tiver um pequeno pedaço cortado, não se preocupe o rádio vai continuar funcionando normal.
Agora cortando novamente o fio da antena e deixando ele sómente com 21" ( 53 cm ) a perda de sinal é de 16%. Isso pode representar um problema quando se utiliza micro receptores, uma vez que tendo esses equipamentos a banda mais larga, alguns deles simplesmente deixam de funcionar se um pedaço da antena for cortado. Não esqueça que os dados obtidos nessa experiência dependem muito do ambiente em que esta instalada a antena
Finalmente se cortarmos um pedaço de uma antena normal de 39" reduzindo o comprimento do fio a 18"( 45 cm ) o receptor simplesmente deixa de funcionar.
Por outro lado se enrolarmos uma antena normal ( 39") em um cartão de visita deixando sómente 18" de fio para ser esticado na fuselagem do modelo, teremos uma perda de sinal da ordem de 17%.
Por fim foram feitos ensaios com antenas encurtadas através de uma bobina de carga na sua base. Essas antenas são rígidas e tem o comprimento de 10" ( 25 cm ) sendo muito utilizadas em helicópteros. A perda de sinal na recepção é de 17%. Mesmo assim funcionam satisfatóriamente pois como se sabe a área de vôo de um helicóptero é bem menor que a área de uma aeromodelo.
Convém notar que os teste acima foram feitos com a distância de 30 metros entre o transmissor e o receptor, ou seja, em condições normais que um aeromodelista deve testar o alcance do seu rádio. Salienta também o técnico, que os valores apresentados na redução do sinal recebido representam uma média de várias medidas com vários receptores e transmissores, o que significa que em condições especiais de instalação esses valores podem mudar tanto para melhor quanto para pior.
Resumindo.
Sempre que possível, utilize a antena normal que vem instalada no seu receptor, esticando-a totalmente no sentido HORIZONTAL ao longo da fuselagem do modelo, assim voce estará garantindo a melhor performance do seu R/C.
Atenção - Não use o rádio p/descarregar a bateria
Pessoal,
tem chegado vários rádios ( transmissores ) na oficina com falta
de potência e até mesmo "queimados" por terem sido utilizados
para descarregar a bateria. É preciso que todos colegas aeromodelistas
saibam que descarregar as baterias não só é necessário
como fundamental para que as mesmas se mantenham sempre em boas condições
de operação.
Porém deve-se utilizar
um ciclador, ou um descarregador controlado para essa tarefa e nunca o próprio
rádio, pois o circuito de potência do rádio ( parte eletrônica
que envia os sinais para a antena do rádio ) não foi projetado
para funcionar contínuamente por um período muito grande de tempo.
Como a descarga da bateria, dependendo da carga que ainda lhe resta, pode levar
3 horas ou mais, o circuito esquentará demais e com o passar do tempo
acabará danificando o transistor de potência do rádio. Esse
componente normalmente já trabalha com a temperatura bem elevada em condições
normais, e certamente apresentará defeito se o rádio for usado
nessas condições.
A chance de queimar o rádio
aumenta se voce o deixar ligado COM A ANTENA BAIXA! Portanto sempre que for
deixar o rádio ligado por um período maior de tempo EXTENDA TODA
A ANTENA!
Tenha em mente que a melhor forma de ciclar ou
descarregar suas baterias com segurança é utilizando um equipamento
adequado. Assim voce não corre o risco de danificar o seu rádio
nem de "zerar" as baterias, o que pode ser fatal para o pack se na
hora de recarregá-las alguma pilha sofrer uma inversão de polaridade.
Veja na seção produtos dessa página como funciona o DESCARREGADOR ELETRÔNICO CONTROLADO. É um equipamento bem mais barato que um ciclador normal e evita todos os problemas citados acima
Pessoal,
com a divulgação na Internet do simulador de vôo FMS, muitos
colegas vem tentando construir seu próprio cabo de interface entre o
rádio e o computador.
Quero alertar a todos
que a entrada de trainer dos rádios Futaba, Airtronics e Hitec, além
do sinal digital ( pulsos ) de controle, ainda tem um pino referenciado a massa
( terra ) e outro com tensão positiva. Portanto qualquer curto circuito,
mesmo que momentâneo entre essse pinos certamente vai danificar o transmissor.
Faço esse alerta
porque tenho recebido um número relativamente grande de transmissores
com o circuito interno "queimado" depois que pessoas não habilitadas
técnicamente, tentaram fazer a conexão entre o rádio e
o micro com um cabo trainer proposto pelo site do FMS. Que fique claro que os
circuitos propostos no site funcionam perfeitamente, tanto o que utiliza a porta
paralela como o que utiliza a porta serial do micro. O problema é na
hora da montagem prática entre o cabo e o rádio
Tenho consertado rádios
cujo estrago varia de um simples regulador de voltagem até curtos circuitos
maiores que comprometem até a área de transmissão do rádio.
A minha sugestão
é que o serviço seja feito por pessoas que tenham algum conhecimento
de eletrônica e sobretudo alguma prática nesse tipo de montagem
de circuito. Particularmente EU NÃO FAÇO ESSES CABOS.
Outra idéia é
fazer os testes utilizando um rádio simples de 4 canais e só depois
do circuito estar funcionando a contendo ligá-lo a um rádio mais
caro.
A troca do módulo de RF nos rádios Futaba
Primeiramente
quero lembrar para aqueles que ainda não sabem que " Módulo
de RF " é aquela caixinha preta que fica embutida na parte trazeira
de alguns transmissores da Futaba como o 5UAP - 7UAP - 8UAP e seus equivalentes
"H". Agora também o 9CAP vem equipado com esse módulo.
Também para esclarecer aos colegas
menos ligados na eletrônica, é dentro desse módulo de RF
( Radio Frequência ) que fica instalado o cristal do transmissor e o circuito
de "potência" do rádio, ou seja o circuito responsável
pela irradiação do sinal de controle através da antena.
Pois bem, os colegas mais "fuçadores"
já descobriram que esse módulo É INTERCAMBIÁVEL
ENTRE QUALQUER TRANSMISSOR DA FUTABA - e também da Hitec mas isso já
é outra estória.
Como é no interior do módulo
de RF que é feita a modulação dos sinais digitais, se você
pegar um rádio antigo do tipo 5UAF - AM e trocar o módulo original
por um módulo do 7UAF por exemplo, o seu velho rádio AM passa
a transmitir em FM !
Da mesma forma se você colocar
o módulo do rádio AM no 7UAF ele "virará" um
AM ! É claro que essa troca não seria nada vantajosa afinal o
7 tem muito mais recursos que o 5, mas vale como exemplo.
Mas vamos ao assunto principal é
possivel então usar o modulo 8UAP no 9CAP e vice-versa? Sim. O módulo
de um funciona sem problemas no outro mas há um porém... O módulo
do 9CAP possui um circuito extra para filtragem do sinal transmitido com
a finalidade de impedir que sinais espúrios gerados no seu microprocessador
interno causem interferência no sinal digital que deve ser transmitido.
Esses ruídos poderiam gerar respostas erráticas do receptor prejudicando
o funcionamento do mesmo. A inclusão desse circuito adicional provoca
uma DIMINUIÇÃO NA POTÊNCIA TRANSMITIDA PELO RÁDIO.
Pessoalmente acredito que o desempenho geral do sistema não seja afetado
pela perda de potência afinal trata-se de um rádio "topo de
linha" e a Futaba não iria deixar um "furo desses".
O módulo do 8UAP é igual aos
demais modelos ( não tem esse circuito de filtro ) e portanto trabalham
com potência MAIOR DO QUE O MÓDULO DO 9CAP.
Como é que ficaria o funcionamento
dos rádios que tivessem os módulos trocados ?
O 9CAP com o módulo do 8UAP ficaria
sem o filtro e poderia, veja bem, PODERIA ocasionar algum tipo de mal funcionamento
no receptor.
Já o 8UAP com o módulo do
9CAP, simplesmente passaria a transmitir com potência menor, devido a
presença do circuito interno de filtro porém sem maiores problemas.
Toda essa discussão foi originada numa
lista de discussão entre aeromodelistas americanos. Inclusive a informação
sobre o circuito de filtro do 9CAP foi obtida por deles em contato com o suporte
técnico da FUTABA USA.
Sempre precavidos de serem alvos de alguma
medida judicial caso algum radiocontrole alterado fosse provocasse algum acidente,
a recomendação é que não seja feita a troca dos
módulos, afinal enquando o preço do módulo fica em torno
de US 100 - 200 , qual indenização judicial não seria menor
do que US 5.000. Portanto LÁ, por medida de economia NÃO SE DEVE
MEXER NOS EQUIPAMENTOS !
E por aqui ? Bem, por aqui vale tudo. A
maioria dos aeromodelistas brasileiros sequer se deram conta da responsabilidade
que paira sobre os seus ombros ao utilizarem um radiocontrole, por isso ainda
estão longe de se preocupar com medidas judiciais indenizatórias
por danos provocados pelos seus aeromodelos !
Quando
você for utilizar o seu rádio (transmissor) como joystick nos simuladores
de vôo de computador, não esqueça de retirar o cristal.
Essa medida impedirá que o rádio fique emitindo sinal pela
antena, evitando o aquecimento excessivo e desnecessário.
A retirada do cristal não impedirá
que o circuito digital do rádio funcione normalmente, produzindo o sinal
na saida do trainer para comandar o simulador.
A bateria, por sua vez, durará por
várias horas, uma vez que o circuito digital do rádio consome
bem menos energia que o circuito de transmissão.
A melhor solução entretanto,
é você comprar um rádio extra para o uso exclusivo no simulador,
retirando dele o cristal e a antena ( que podem ser aproveitados nos rádios
que você voa normalmente ) e instalando nele uma bateria usada que esteja
"encostada" na sua gaveta.
Cuidado com o receptor FUTABA R148 / 149 DP
Pessoal,
o receptor em questão é um excelente equipamento, exceto por um
pequeno detalhe mecânico na interligação das placas do seu
circuito. Ocorre que a placa onde estão localizados os terminais para
a conexão dos servos e da bateria, é fixada na placa principal
do receptor por uma série de delicados pinos metálicos, os quais,
devido a pressão aplicada na hora de encaixar os terminais dos servos
tendem a se romper.
A partir dai, vários
defeitos podem aparecer no receptor, tais como:
- Mau contato em determinado
canal ( ou canais ).
- Funcionamento intermitente.
- Canal ou canais inoperantes
- Receptor totalmente
inoperante ( quando rompem os pinos correspondentes aos terminais da bateria
)
Não
é necessário dizer o que acontece quando um dos defeitos acima
acontece durante um vôo...
A solução que
encontrei para esse problema, é a substituição desse pinos
por outros com maior diâmetro que proporciona uma melhor rigidez mecânica
ao conjunto. Para realizar esse trabalho é necessário desmontar
totalmente o receptor separando as suas três placas internas. É
um trabalho minucioso e delicado mas que apresenta um resultado definitivo,
ou seja, não incomoda nunca mais.
Aconselho a todos que operam seus
modelos com esse tipo de receptor para que dêem uma boa revisada nas conexões
dos servos e ao menor sinal de mau contato ou funcionamento intermitente enviem
o receptor para a manutenção. Certamente essa atitude evitará
prejuizos maiores.
Placas de um receptor R149DP ( PCM ) recebido para conserto
Segundo relato do proprietário o avião estava voando normal, quando subitamente deixou de responder aos comandos, não operando inclusive o Fail Save. Tudo leva a crer que tenha se rompido a conexão dos pinos da bateria.
A pancada foi tão violenta que a placa que recebe os
servos teve a borda quebrada e foi empurrada em direção a placa
principal "arrancando" alguns componentes que estavam soldados na
mesma.
Esse receptor foi totalmente recuperado após a instalação
dos componentes arrancados, a troca de um filtro quebrado da placa principal,
a substituição de TODOS os pinos de interligação
da placas e a calibragem do circuito.
Interferências nas cabeceiras da pista
É
comum o pessoal relatar que quando vem para o pouso a baixa altura sobre a pista,
observar um tremor no avião, cuja intensidade
varia de uma leve tremida até um descontrole total que parece que o avião
vai cair.
Esse
fato é quase sempre observado em TODAS as pistas e independe do canal
utilizado. Em algumas pistas porém, existe um local
bem determinado onde este fenômeno acontece. O pessoal diz: " - É
sempre no lado X ! "; enquanto outros dizem: "- É sempre no
lado Y ! ".
Quase
sempre depois de acontecimentos como estes, o telefone do Mano toca:
-
Mano, este final de semana aconteceu uma interferência no meu rádio,
acho que ele deve estar desregulado ou com defeito...
Primeiramente vamos deixar claro que o rádio NÃO SE DESREGULA,
sem que algum "expert" mexa nos circuitos sintonizados
internos, naquelas peçinhas metálicas que tem um parafuso no meio.
Então
se o rádio não está com problema, porque o avião
treme na cabeceira da pista?
Bem,
sabemos que quando o avião vem para o pouso, geralmente o motor está
na lenta ou bem próximo disso fazendo com que o
o modelo venha planando numa condição de quase "pré-stol",
ou seja, a sustenção é mínima devido a baixa velocidade.
Não precisa ser um
engenheiro aeronautico para saber que nestas condições qualquer
ocorrência externa, seja um sopro de vento ou uma diminuição
no sinal do rádio
vai desestabilizar o modelo. Estamos pois, numa condição crítica.
Isso
posto, vejamos o que pode estar acontecendo com o sinal do rádio.
Sabemos
que objetos metálicos refletem os sinais do rádio, mas também
grandes massas de água, quer seja na forma de lagos ou açudes,
ou mesmo lençóis freáticos no subsolo, também afetam
as ondas de rádio.
Este
é um dos motivos dos tremores do avião ao sobrevoar determinada
área da pista. Vejam que as vezes isso não ocorre exatamente nas
cabeceiras, mas em outro lugar do local de vôo. Mas é importante
notar que o problema quase sempre ocorre a baixas altitudes.
Outro
detalhe interessante é que as vezes apenas alguns canais são afetados
enquanto outros se comportam normalmente. Nestes
casos, basta trocar o canal do rádio e o problema desaparece!
A
explicação técnica do porque esse problema ocorre, tem
a ver com a reflexão das ondas de rádio e não cabe aqui
explicar, o importante é conhecer o problema e procurar as soluções.
Um
outro detalhe que pouquissímos aeromodelistas sabem diz respeito a posição
da antena do rádio ( transmissor ) em relação ao avião.
Através
da figura abaixo, podemos observar como o sinal do rádio é emitido
pela antena.
Podemos
ver que a área de sinal mais forte na antena do rádio são
as laterais, enquanto a área proxima a ponta da antena o sinal
é mais fraco. Isto quer dizer que se "apontarmos" a ponta da
antena para o avião, estaremos emitindo o mínimo de sinal, ou
a condição mais critica
para comandar o avião do ponto de vista do radiocontrole.
Bem
mas o que é que isso tem a ver com as interferências que aparecem
nas extremidades das pistas? Simples, além de estar
voando numa condição limite, aerodinâmicamente falando,
é comum vermos o aeromodelistas de frente para o modelo justamente com
a antena
do rádio apontando para o mesmo! É isso mesmo, se o rádio
estiver na posição vertical ( antena bem para cima ), o sinal
enviado para o receptor do avião será máximo, minimizando
quaisquer outros problemas que possam ocorrer.
Recebendo um sinal forte o controle do modelo será mais efetivo em qualquer
condição de vôo. É importante ter sempre isto em
mente até quando se está voando muito alto. Jamais apontar a antena
para o modelo.
Com
o advento dos modelos elétricos, os fabricantes de RC estão lançando
no mercado um número cada vez maior de micro e
mini receptores, e a FUTABA não foge a regra.
Esses
pequenos receptores são todos do tipo SINGLE CONVERSION - Conversão
Simples - e, portanto, devido ao menor
número de componentes, bem mais leves do que os receptores tradicionais.
Tem as suas limitações como alcance menor, geralmente 300 a 500m,
mas funcionam bem considerando-se que serão utilizados em modelos do
tipo PARK FLYER.
Além destas particularidades, existe outra bem importante: OS CRISTAIS
UTILIZADOS NELES SÃO DIFERENTES DAQUE-
LES UTILIZADOS NOS RECEPTORES MAIORES ( DUAL CONVERSION ).
Os
cristais destes receptores são SINGLE CONVERSION, ou seja, a freqüência
interna do cristal é diferente da freqüência
interna de um cristal usado em receptores Dual Conversion, MESMO QUE O NUMERO
DO CANAL ESCRITO NO CRISTAL SEJA O
MESMO!!!
Suponha
que você tem um conjunto FM básico composto por um transmissor
4YF e um receptor R127DF, e que opere no canal 40.
Então você compra um micro receptor qualquer da Futaba, o R146iP,
por exemplo, obviamente com o cristal do canal 40, para usar com o mesmo
transmissor. Se por qualquer motivo você colocar o cristal do receptor
R127DF nele, simplesmente ele não funcionará. A mesma coisa vai
acontecer
se você colocar o cristal 40 do receptor pequeno ( R146iP ) no grande.
Não vai funcionar. Isso porque o receptor pequeno é SINGLE e o
grande é
DUAL CONVERSION.
Veja
bem, esse estória de Single/ Dual, bem como aquela outra de HI Band ou
LOW Band DIZEM RESPEITO APENAS AOS
RECEPTORES. O transmissor não tem nada disso. Se o seu transmissor tiver
um cristal 40, como no exemplo acima, ele vai funcionar com QUAL-
QUER RECEPTOR seja SINGLE ( mini ou micro ) ou DUAL CONVERSION. No caso do canal
40, apenas o receptor deve ser HI Band ( 35 - 60 ).
Para
facilitar lembre-se que os cristais DUAL CONVERSION são utilizados nos
receptores que tem as letras "DF" ( FM ) e
"DP" ( PCM ). Os demais receptores utilizam cristais SINGLE CONVERSION.
Observe
também que enquanto os cristais DUAL tem a tarja VERMELHA os SINGLE tem
a tarja PRETA.
Alguns
exemplos:
Receptores DUAL CONVERSION
Cristais DUAL CONVERSION
Receptores SINGLE CONVERSION
Cristal SINGLE CONVERSION
6EX- 2.4GHz da Futaba DX7 Spektrum
Uma
nova tecnologia em radiocontroles está sendo colocada a disposição
dos modelistas no mundo todo: Os radios de 2.4GHz..
Primeiros os rádios eram AM, mais tarde FM, depois PCM que pode-se dizer
"era" o top de linha em materia confiabilidade devido a codificação
digital do sinal e da ausência de interferência provocada por ruídos.
Os rádios de 2.4 GHz utilizam um sistema de modulação
diferente de todos conhecidos atualmente pelos aeromodelistas: o DSM ( Digital
Spectrum
Modulation ). Este sistema baseado na tecnologia Spread Spectrum tem por base
a utlização constante das freqüências alocadas na faixa
dos 2.4GHZ.
A
segurança dessa faixa e do sistema Spread Spectrum é salientada
pelo fabricante do rádio dizendo que os orgãos mais importantes
dos EUA como a NASA, a CIA o FBI e outros orgãos do governo americano
utilizam essa faixa devido a grande confiabilidade que ela proporciona.
Deixando
de lado a parte mais técnica do funcionamento do rádio, vejamos
quais são as vantagens que ele apresenta em relação aos
RC tradiciona-
is.
-
Sistema de rádio totalmente sintetizado, receptor e transmissor não
utizam cristais.
-
Codificação dos sinais em 4096 bits ( o sistema tradicional mais
moderno da Futaba o 14MZ e o receptor padrão G3 trabalham com
2048 bits ! )
-
Tempo de resposta dos comandos de apenas 5,6 milisegundos ( nos radios FM esse
temdo é de 12 a 18 milisegundos )
-
Enlace de RF entre o transmissor e o receptor totalmente imune a interferências.
-
Alcance de 900 metros.
-
80 canais disponíveis ( apesar do usuário nem ficar sabendo qual
canal esta usando... )
-
Antena super pequenas - 3,75 polegadas ( 8 cm )
-
Possibilidade do receptor enviar dados para o transmissor ( telemetria )
-
Módulos de RF separados para utilizar em radios da Futaba e JR ( precisa
comprar o receptor DSM )
-
Consumo de bateria aproximadamente 40% menor tanto no transmissor quanto no
recepto.
-
Possibilidade de usar 2 ou até 4 receptores a bordo para aumentar a confiabilidade.
Funcionamento
Quando
o rádio ( transmissor) é ligado ele "varre" os 79 canais
da faixa até encontrar um canal que não esteja sendo usado. Esse
processo leva apenas 2 segundos! Caso não encontre nenhum canal livre,
o rádio continua a rastrear a faixa até encontrar um canal vago.Uma
vez encontrado um canal vago o rádio trava neste canal .
Cada módulo de rádio fabricado para operar nessa faixa recebe
um código serial chamado GUID ( Globally Unique Identification Code ).
Existem mais de 4 bilhões de combinações do GUID de modo
que é virtualmente impossível o receptor encontrar outro rádio
que tenha o código igual.
Na
primeira instalação do receptor, é necessário um
procedimento para "sintonizar" o receptor. Isso é feito uma
única vez e basta aproximar o rádio do receptor ( 1 metro aprox.
) e pressionar um botão existente no receptor. Após mais ou menos
30 segundos ele estará "travado" no sinal do rádio e
vai ignorar qualquer outro sinal que receber que não contenha esse código
( do rádio com quem ele está "casado" ).
É necessário fazer esse procedimento em cada receptor ( caso se
tenha vários receptores acionados pelo mesmo rádio ).
Na
próxima vez que o receptor for ligado ele vai procurar pelo rádio
cujo código tem gravado na memoria, quando achar o sinall do rádio
ele se trava
com o rádio e passa a funcionar normalmente comandando os servos da mesma
maneira que um radio comum. Caso o transmissor seja desligado ou o receptor
perca o sinal por qualquer outro motivo, ele automáticamente entra no
modo Fail Safe, mantendo os servos imobilizados nas posições pré
determinadas.
Caso
o receptor seja ligado ANTES do rádio, ele simplesmente permanecerá
"varrendo" cada um dos 79 canais a procura do sinal do rádio,
enquanto isso manterá os servos imóveis ( Fail Safe ).
O receptor da Spektrum AR6000 além de ser duplicado ( dois receptores
) num só ( DSM2 ), consequentemente tem duas antenas que devem fformar
um angulo de 90 º entre elas.
Esse
sistema da Spektrum que utiliza dois receptores, utiliza dois canais de rádio
diferentes dentro da faixa ( Dual Link ) a fim de garantir maior confiabilidade
ao sistema. O receptor ainda é capaz de transmitir sinais para o rádio,
possibilitando que se tenha uma telemetria do modelo como voltagem da bateria,
temperatura do motor e outros parâmetros. A Spektrum estava prometendo
essa facilidade na época que lançou o primeiro rádio (
o DX6 - 2005 ) para auto modelos. Não sei se realmente foi feito.
Segurança
Sabemos
que a faixa dos 2.4GHz em todo mundo é compartilhada com outros serviços,
como telefonia sem fio, redes sem fio de computadores
( wire less ) equipamentos médicos e etc. A pergunta que vem logo à
cabeça é: Todos esses serviços não vão interferir
uns nos outros? Certamente que não. A utilização da faixa
de 2.4GHz é regulada por convenções internacionais e uma
das premissas básicas é a sua livre utilização por
qualquer serviço, MAS QUALQUER
equipamento destinado a operar nesta faixa deve ter a capacidade de antes de
começar a operar, verificar se existe um ( ou mais ) canais vagos e só
a partir dai começar a funcionar. Ou seja se alguém resolver levar
um telefone sem fio que trabalhe em 2.4 GHz para o campo, assim que o equipamento
for ligado ele varrerá toda a faixa a procura de um canal para se instalar,
se houver aeromodelistas voando, os canais ocupados por eles não serão
"vistos" pelo telefone sem fio. Se for encontrado um canal vago ele
"trava" e começa a funcionar, se não fica procurando
até achar um. Este sistema é chamado de Coliision Avoidance -
Prevenção de Colisão.
Então
como vemos o sistema é muito bem bolado.
Outro detalhe interessante é que a Spektrum está produzindo Módulos
de RF para rádios da Futaba e da JR. Você troca o seu módulo
de 72 ou 50MHz por um de 2.4GHZ e pronto o seu rádio preferido com todos
os seu modelos na memória passa a transmitir em 2.4GHz. É claro
que será necessário você também comprar o receptor...
Maiores
informações veja em : Site
da Spektrum ( Inglês )
Site
da Diniz Esteves ( Portugês ) Comentário
muito bom a respeito do sistema, a pessoa apenas se enganou quando
afirma
que o DSM2 ( receptor AR6000 ) utiliza 2 canais iguais para se comunicar
com
o rádio. Na verdade são 2 canais DIFERENTES dentro da faixa.
Rádios de 2.4 GHz com problemas
Alguns
rádios 6EX FASST , 7C FASST e os módulos de RF TM ( 2.4GHz ) estão
apresentando problemas com a "identidade".
Como se sabe para que os rádios não interfiram uns nos outros
eles tem gravado na memória interna um numero único para cada
rádio ou módulo. Esse número está atrelado de alguma
forma ao numero de série de cada rádio e, como não pode,
ou não deveria ter dois rádios com o mesmo número de série
não tem como um rádio assumir a mesma codificação
que outro. Isso é algo como se os rádios de 2.4GHz da Futaba tivessem
disponíveis alguns milhões de canais para operar. Portanto se
cada um tem o seu canal não existe possibilidade de interferência
entre eles.
Pelas
informações que tem aparecido nos forums de RC e nos sites das
lojas que revendem os rádios da Futaba, alguns equipamentos de uma série
determinada ( listada mais abaixo ), estão interferindo em outros rádios,
o que significa que de alguma forma estes equipamentos, ao serem ligados, estão
assumindo numeros de codificação já existentes em outros.
Como
no site oficial da Futaba eles tratam o problema apenas como uma disfunção
de algumas unidades,
( http://2.4gigahertz.com/techsupport/service-advisory-tm7-7c-6ex.html ) sem
explicar o que e porque exatamente o problema está acontecendo, tem-se
especulado que o defeito possa existir devido a uma falha na marcação
do numero de série que colocou no mercado rádios com numeros iguais
e portanto codificações também iguais.
Outra
possibilidade ( pior ) é que estes rádios que tem problema estejam
perdendo a memória de codificação e assumindo um numero
de codificação
padrão. Ora se isso acontece em dois rádios que estão sendo
usados no mesmo local um irá interferir no outro uma vez que ambos estão
codificados com o mesmo numero ( numero padrão ).
Pessoalmente
não acredito que seja isso, creio mais é na confusão do
numero de série. A verdade é que como pode ser visto no site da
Futaba, ela esta disponibilizando para os donos deste equipamentos, o acesso
a centenas de lojas onde é possivel em poucos minutos verificar o funcionamento
dos rádios.
Certamente a Aeromodelli aqui no Brasil também está, ou estará
em breve, a disposição para que os modelistas brasileiros possam
checar se os seus rádios estão ou não funcionando corretamente.
Para
saber se o seu rádio é um dos "premiados" com o mal
funcionamento, veja o número de série na parte inferior do transmissor.
Se estiver usando o módulo TM-7 , o número de série está localizado na
parte de dentro do módulo. Os equipamentos com problemas pertencem a série:
Rádio 6EX: A7xxxxxxx sem o "I" (Inspected) autocolante;
Rádio 7C 07xxxxxxx sem o "I" (Inspected) autocolante e
Módulo TM-7 07xxxxxx sem o "I" (Inspected) autocolante
Os rádios da série 6EX ALL A8xxxxxxx ou sistemas A7xxxxxxx com o número de série que inclua o "I" (Inspected) autocolante; da série 7C ALL 08xxxxxxx ou sistemas 07xxxxxxx que incluem o "I" (Inspected) autocolante e os Módulos TM-7 ALL 08xxxxxx ou módulos com o 07xxxxxx que incluem o "I" (Inspected) autocolante, não tem problema nenhum e podem ser usados normalmente.
A
Futaba ainda faz algumas recomendações aos usuários dos
rádios FASST independente do numero de série estar ou não
na lista dos rádios onde foram constatados problemas, o que me leva a
crer que além destes já identificados, podem haver outros.
As
recomendações são:
1
- Antes de voar, fazer um teste de pré- vôo verificando o alcance
do rádio e também se o equipamento não está sofrendo
ou causando interferência em outros rádios de 2.4GHz que estiverem
operando no mesmo local. Este teste é feito ativando TODOS os rádios
FASST presentes no campo e verificando se não existe interação
( interferência ) entre eles. Caso isso ocorra é necessário
enviar o rádio para a assistência técnica para a correção
do problema.
2 - Cada vez que um rádio do sistema FASST é ligado ele
gasta alguns segundos para que ocorra o "boot-up" ( inicialização
) do rádio. Se for necessário desligar o rádio em seguida,
aguarde pelo menos 5 segundos após aparecer a voltagem da bateria no
display.
3
- Se for notado que o transmissor e o receptor perderam a linkagem, ou seja,
o receptor não está recebendo o código do transmissor,
ambos equipamentos deverão ser enviados para a assistência
técnica.
ATENÇÃO - Estes problemas ocorrem apenas entre os rádios da FUTABA. Os rádios da JR ou SPEKTRUM utilizam outro tipo de codificação e, portanto, podem funcionar sem nenhum problema mesmo em locais onde existam rádios da Futaba com o defeito relatado no texto acima.