Perguntas mais frequentes
Motor a gasolina rádio
FM ou PCM?
Os rádios PCM são imunes
a interferência?
É possivel transformar um receptor
FM num PCM?
Posso trocar o cristal do rádio
(transmissor ) pelo cristal do receptor se o canal for o mesmo ?
Tenho um rádio que funciona
no canal 14, posso operá-lo no canal 44?
É necessário recalibrar
o rádio quando foi feita uma troca de canal?
Instalei
um cristal FM Dual Conversion num receptor FM mais antigo e esse não
funcionou, por que?
Pergunta. Um amigo meu
comprou um radio Spektrum DX7 2.4GHz, fez alguns voos e tudo bem.Um dia sem
mais nem menos,o radio perdeu o sinal quando o avião estava a uns 250m,
quase foi lenha, por sorte o sinal voltou.Ele achou que era um problema de servo
que causou a interferência, o que eu não concordo, pois um radio desse
não pode receber interferencia assim! .
No domingo,esse amigo estava voando um Mustang novinho
e quando fazia um looping o radio travou e caiu no jardim de uma casa!
Minha pergunta, é vc ja recebeu alguma reclamação sobre
esses radios?
Resposta. Caro amigo, tenho
recebido muitas perguntas a respeito dos rádios de 2.4GHz, e o que eu posso
dizer é que tem bastante gente usando rádios nessa faixa de frequencia,
seja Futaba, JR ou Spektrum e até agora eu não soube de nenhum problema
que comprovadamente tenha ocorrido devido a falhas no rádio.
Tenho
acompanhado através de Foruns de discussão sobre rádios,
relatos de aeromodelistas do mundo todo. Tanto nos foruns americanos quanto
nos europeus ainda não encontrei ninguém reclamando destes rádios.
É
preciso lembrar que estes rádios porém usam uma tecnologia totalmente diferente
dos rádios da faixa de 72MHz e, é preciso ler o manual atentamente sobretudo
na hora de instalar os receptores onde a posição das duas "anteninhas" é bem
crítica. Se estas não forem posicionadas adequadamente existe a possibilidade
de haver zonas "cegas" de sinal, ou seja, em determinadas posições que o avião
assume em vôo, o receptor não recebe sinal suficientemente forte e então
congela os comandos.
No caso específico
do DX7 da Spektrum já aconteceu de colegas estarem voando e inadvertidamente
apertarem o botão existente na parte trazeira do rádio que reduz a potência
do mesmo para que seja feito o teste de alcance. Nesse caso, se o avião estiver
longe o receptor também deixa de receber sinal congelando os comandos
também.
Creio que já
era hora dos distribuidores destas marcas no Brasil investir em maiores esclarecimentos
aos aeromodelistas, afinal se eles querem vender a nova tecnologia, cabe a eles
esclarecer os compradores.
Essa omissão,
está colaborando para espalhar entre os aeromodelistas brasileiros a
idéia de que os rádios de 2.4GHz "não prestam". O que embora não seja
verdade, vai fazer muita gente desistir de adquirir os equipamentos.
Pergunta. Posso
usar bateria de 6,0 volts no receptor?
Resposta. Quando alimentamos o receptor com uma
bateria de 6,0 volts, pode parecer a princípio que não estamos
cometendo nenhum pecado contra o nosso equipamento, mas se não observarmos
determinadas condições a coisa não vai ficar tranqüila
não!
Os servos
quando alimentados com voltagem maior geram mais torque. Em compensação CONSOMEM
MAIS BATERIA!
Isso é bem
lógico porque o incremento no torque do motor tem que vir de algum lado!
Com o aumento da
voltagem, o motor do servo passa girar mais rápido e entrega maior força no
seu eixo.
Mais força
= mais potência. Mais potência = mais consumo de energia da bateria.
Se por um lado
é uma vantagem um servo mais veloz e com mais força, não podemos esquecer os
custos que teremos que pagar para desfrutar dessa benesse.
Primeiro não vamos
esquecer que fazer um servo trabalhar com 6,0 volts significa levá-lo ao seu
limite, e todo o equipamento que trabalha no limite ficará mais sujeito
a apresentar falhas.
Os servos mais simples
como o S 148 e os 3003/3004 da Futaba, utilizam um circuito integrado para controlar
o motor que é bastante sensível, ou seja, qualquer trancadinha das engrenagens
ou uma superfície de controle maior ou mais pesada, fará com que esse circuito
aqueça bastante.
Se esta condição durar
muito tempo o circuito "queima".
As vezes queima só a metade
e ai temos um servo que só anda para um lado! Outras vezes queima totalmente
e o servo fica inoperante.
Nos servos de maior torque
o controle do motor é feito por 4 transistores bem maiores que consequentemente
"aguentam mais desaforo"!
Outro detalhe a considerar
é a voltagem da bateria. Você já deve ter observado que uma bateria normal de
4,8 volts quando totalmente carregada, apresenta uma voltagem que varia entre
5,2 até 5,6 volts.
Agora uma bateria de 6,0 volts
na mesma condição vai apresentar uma voltagem de 7,2 até 7,8 volts dependendo
é claro do estado da mesma.
A Futaba garante que os seus
equipamentos ( no caso os servos ) de RC podem funcionar com no máximo 6,0 volts
e você estará ligando eles numa bateria com 7,8 volts! Portanto excedendo em
30% a voltagem limite estabelecida pelo fabricante!
É claro que depois de alguns
minutos a voltagem baixará MAS FICARÁ SEMPRE ACIMA DOS 6,0 VOLTS. Assim como
numa bateria de 4,8 volts a voltagem de trabalho ( aquela que a gente considera
seguro voar ) é aproximadamente 5,0 volts.
Para contornar esse problema
existe um dispositivo limitador de voltagem que fica ligado entre a bateria
e a chave e serve para limitar a voltagem entregue ao receptor ( e aos servos
) em 6,0 volts. Mais precisamente 5,9 volts.
Enquanto a voltagem da bateria exceder
esse valor o dispositivo "absorve" o excesso. Quando a voltagem chega a 6,0
volts ele simplesmente atua como se não estivese inserido no circuito
permitindo que os 6,0 volts sejam aplicados no receptor.
Esse componente é fácilmente encontrado
nos sites americanos que comercializam produtos de RC e custa aproximadamente
15 dólares.
Utilizando esse limitador você manterá
o receptor e os servos dentro das especificações do fabricante.
Lembre-se porém que ainda correrá
o risco de danificar os servos uma vez que a voltagem aplicada neles está
NO LIMITE.
O circuito do receptor é menos
suscetível ao aumento da voltagem porque trabalha com correntes menores
e possui o seu próprio regulador interno.
A estas alturas você deve estar
pensando: Mas eu conheço muitos aeromodelistas que usam baterias de 6,0
volts, não usam nenhum circuito limitador e não acontece nada
de errado com os seus modelos!
É verdade, mas como técnico em
RC não posso deixar de fazer este esclarecimento para que nossos colegas
saibam o que estão fazendo.
Se você vai fazer um GIANT SCALE não economize
nos servos! Isto pode lhe custar bem caro!
Principais problemas apresentados pelos servos ligados em baterias de 6,0 volts SEM CIRCUITO LIMITADOR:
1 - Tremores aleatórios
( jitter ) sem que nenhum comando esteja sendo enviado ao receptor.
2 - Aquecimento excesivo.
3 - Consumo exagerado de bateria.
4 - Queima parcial ou total do circuito
eletrônico interno.
Pergunta. Posso usar um receptor FM num avião com motor a gasolina?
Resposta.
Essa é uma pergunta que seguidamente tenho que responder ao pessoal.
A resposta mais
simples seria aquela dada por muitos comerciantes do ramo de RC:
- Não, você
precisa comprar um rádio PCM!
Quando eu escuto essa
afirmativa fico com vontade de perguntar ao " comerciante ":
- O amigo poderia me
explicar como é que há alguns anos passados quando só existiam
rádio AM o pessoal voava modelos a gasolina com vela de faísca
acionada por magneto?
Creio que essa
pergunta deixa claro toda a celeuma dos motores a gasolina x radios
FM. Se os caras voavam com rádios AM porque enganar os incautos dizendo
que não é saudável a convivência entre a gasolina
e o FM?
Seria a mesma
coisa que você chegar numa revenda de automóveis e dizer para o
vendedor que precisa de um carro para viajar, e ele querer lhe empurrar o carro
mais luxuoso da marca afirmando que num carro popular você não
conseguirá viajar!
É claro
que o radio PCM tem uma série de vantagens sobre o FM e mais ainda sobre
o AM. Quando temos um modelo com motor a gasolina então o rádio
PCM é perfeito. É só instalar e voar! Mas daí até
dizer que o PCM é INDISPENSÁVEL vai uma distância bem grande.
Antes de continuar, vamos deixar
bem claro que cada caso é um caso. Quero dizer as vezes dois aviões
iguais com motor a gasolina podem apresentar comportamentos diferentes em relação
a utilização de radios FM.
Isso porque dependendo
do tipo de montagem interna do modelo ( distribuição dos componentes
do rádio ) e as vezes até mesmo um MonoKote aluminizado lá
no leme pode fazer com que um funcione perfeitamente enquanto outro apresente
tremores e falhas nos comandos.
Dependendo do tipo de motor
e/ou ignição utilizada poderá haver interferência no receptor FM.
As melhores ignições são as eletrônicas
cujo cabo da vela é blindado com uma malha metálica aterrada na
carcaça da ignição.
Outros tipos de ignição como as dos
motores Zenoah e outros que utilizam magnetos, costumam interferir mais no rádio
porque os magnetos produzem pulsos de voltagem de grande intensidade para provocar
a faísca na vela.
Se você for utilizar um rádio
FM com motor a gasolina, mesmo que a ignição seja eletrônica
observe alguns cuidados básicos para minimizar as interferências como:
1 - Blindar a parede de fogo com
papel aluminizado cuidando para que exista uma ligação direta entre a blindagem
e o bloco do motor. Pode ser um fio ligado com um parafuso auto atarraxante
com um terminal ligando a parede de fogo e o bloco.
2 - A caixa da ignição eletrônica
também deve ser ligada nesse ponto. Deve ficar tudo "aterrado" no bloco do motor.
3 - Toda a fiação eletrica do RC
deve ficar o mais afastado possível da parede de fogo. Inclusive o servo do
motor. Se possivel o push rod de controle do acelerador não deverá ser metálico.
Qualquer fio ou arame que ficar próximo ao motor vai atuar como "antena" captando
os ruídos da ignição e trazendo para dentro do receptor.
4 - O receptor também deve ficar o mais
afastado possível do motor.
5 - A antena do receptor deve ser
totalmente esticada para trás dentro ( ou fora ) da fuselagem. Não deve ter
dobras nem curvas que possam provocar um "encurtamento elétrico" que vai diminuir
a sensibilidade do receptor para receber o sinal de comando. Com a capacidade
de recepção dimínuida o receptor ficará mais sensível aos ruidos espúrios (
como os gerados pela ignição).
6 - Extensões muito compridas ( acima de 70 cm
) feitas com fio normal ( fino ), também podem provocar tremores nos servos.
Convém que as extensões maiores sejam feitas com fio mais grosso e torcidos
entre si. Essas são recomendações básicas, na prática cada caso é um caso.
Como já mencionei acima dependendo muito
do tipo de instalação no modelo você vai encontar colegas voando tranquilamente
com o seu radinho FM e o motor a gasolina sem que nenhuma das observações acima
tenham sido levadas em conta, por outro lado também encontrará
outros que mesmo seguindo cuidadosamente as observações acima
ainda assim tem problemas.
Muitas vezes estamos tão sugestionados
que não vai dar certo que ficamos vendo servos tremerem sem motivo aparente,
falhas nos comandos do rádio e outro problemas. Isso só acontece
porque estamos com um motor a gasolina e um rádio FM ! Se o rádio
fosse um PCM aí sim era só abastecer e decolar...
Quero lembrar que um servo com defeito
pode fazer com que todos os servos passem a tremer. Que uma extensão
de aileron muito longa e com fio muito fino também pode ocasionar tremores
num ou em vários servos. Bateria fraca também pode apresentar
esse sintoma. Interferências de estações potentes na redondeza
também provocam funcionamento errático dos servos. Enfim uma série
de fatores podem ser a causa do mal funcionamento do rádio e não
necessáriamente a ignição do motor a gasolina.
Para finalizar, se você fez
a instalação correta do rádio e do motor observando os
itens acima, primeiro faça um teste de alcance do rádio COM O
MOTOR DESLIGADO. Se tudo estiver funcionando bem, então acione o motor
e refaça o teste de alcance pedindo para alguém observar as superfícies
do avião. Se tudo estiver normal. Estique a antena e decole.
Contenha-se nas primeiras voltas e não
voe muito longe. Trime o modelo e não tente fazer nenhuma manobra até
que tenha certeza que o modelo responde aos comandos com precisão. Lembre-se
com o modelo voando nivelado a meio motor qualquer atitude estranha será
fácilmente reconhecida e você terá mais chance de pousar
em segurança.
Depois desse primeiro vôo se nada
aconteceu de diferente, pronto agora você pode confiar no casmento perfeito
entre o motor a gasolina e o rádio FM.
A partir do segundo vôo tudo será
por sua conta, não vai dar mais para culpar o rádio...
Pergunta. Os rádios PCM são imunes a interferência?
Resposta. Para explicar a relação existente
entre o sinal modulado em PCM e as interferências, vamos imaginar a seguinte situação:
Temos duas arvores e uma corda
esticada entre elas. Por essa corda passam 3 pessoas levando caixas de uma arvore
para outra.
A primeira pessoa leva as caixas
soltas nas mãos.
A segunda leva as caixas numa
sacola.
A terceira leva as caixas firmemente
amarradas ao seu corpo.
Agora dando "nome aos bois"
vamos imaginar que uma das árvores é o transmissor ( rádio ) e a outra
árvore é o receptor. A corda entre elas é a onda de rádio que interliga as duas,
as 3 pessoas são os 3 tipos de modulação utilizados nos RC , e finalmente, as
caixas que as pessoas transportam que é o sinal de comando que vai movimentar
os servos ( movimento dos sticks e das chaves do rádio ).
A primeira pessoa atravessa a corda
levando as caixas na mão e representa um rádio com modulação em amplitude -
AM. Para que essa pessoa possa levar as caixas de uma árvore para outra, será
preciso que nada interfira na sua caminhada. A
corda deve permanecer parada e bem esticada, não pode ter nenhum vento que a
desequilibre etc.
Qualquer tipo de interferência fará
com que ela deixe algumas caixas cair, ou seja, nem todas elas vão chegar até
a outra árvore. O mesmo raciocínio vale para um sinal de RC que é modulado em
AM, quando há qualquer tipo de interferência os comandos enviados pelo rádio
chegam até o receptor distorcidos, ou mesmo podem nem chegar.
Resultado: Servos se mexendo
aleatoriamente = avião no chão !!
Digamos que a segunda pessoa,
representa um rádio com modulação em FM - PPM . Como as caixas estão numa sacola,
mesmo que alguma coisa interfira na sua caminhada pela corda, será mais difícil
ela deixar alguma caixa cair, a menos é claro que a corda balance muito ou arrebente
( p.e. o aeromodelista esqueceu de carregar a bateria do rádio... ), ai não
tem jeito, vai tudo para o chão - inclusive o avião !!!
Finalmente temos a terceira
pessoa representando a modulação em FM - PCM , essa quase sempre conseguirá
levar as caixas de uma árvore para a outra independente das interferências externas.
Só não vai conseguir se a corda arrebentar
( faltar bateria no rádio ) ou balançar o bastante para derrubá-la junto com
as caixas ( se outro rádio com o mesmo canal for ligado ).
Além de toda essa segurança,
as caixas entregues serão conferidas e comparadas com um padrão local e se alguma
delas estiver faltando ou for diferente, TODA A REMESSA SERÁ REJEITADA até que
outro remessa chegue,e seja aprovada pelo "controle de qualidade" interno do
receptor, este não movimentará os servos!
Com o exemplo acima podemos
ter uma noção dos três tipos de transmissão utilizadas nos RC, AM - FM/PPM
e FM/PCM .
Com esse pequeno exemplo é
possível entender porque os rádios PCM são mais imunes as interferências.
Técnicamente os
processos são um pouco mais complexos e de nada valeria aqui explicá-los
visto que o texto destina-se a dar uma idéia do assunto apenas
Pergunta. É possivel transformar um receptor FM num PCM?
Resposta. Não é possível converter o receptor FM em PCM devido a complexidade das alterações que teriam que ser feitas no circuito
Pergunta.
Quanto tempo o descarregador de baterias leva para descarregar completamente
os packs?
Resposta. Se os packs forem de 600mA/h e ESTIVEREM COMPLETAMENTE
CARREGADOS, a descarga demorará entre
2 e 2,5 horas. Tempos menores doque 1,5 para essa capacidade de bateria indica
que há problemas c/ o pack.
Pergunta. É possivel utilizar o descarregador de baterias em packs com capacidade maior do 600mA/h ?
Resposta.. Sim, apenas o tempo de descarga vai aumentar proporcionalmente a capacidade da bateria. Como a taxa de descarga permanece constante próxima dos 200mA/h, não haverá qualquer problema com o descarregador.
Pergunta. Posso utilizar o descarregador em baterias de 5 elementos - 6 volts ?
Resposta. NÃO. Baterias com voltagem maior
do que 4,8 volts irão provocar um aumento na corrente de descarga e conse-
quetemente uma elevação na temperatura
interna do descarregador podendo danificá-lo. Não bastasse isso,
como a voltagem que limita a descarga está ajustada para 4,0 volts -
1 volt por cada elemento da bateria, se a mesma tiver 5 elementos essa voltagem
cairá para 0,8 volts em cada pilha, valor esse abaixo do mínimo
especificado pelo fabricante.
Pergunta. Tem problema utilizar um receptor com a antena emendada?
Resposta. Não há problema em utilizar
o receptor com a antena emendada, desde que o comprimento permaneça o
mesmo
1 metro. A emenda deve ser BEM SOLDADA e isolada a fim
de não entrar em contato com partes metálicas do modelo
o que certamente causaria um funcionamento anormal do receptor.
O correto porém é substituir o fio rebentado
por outro em boas condições.
Pergunta. Posso trocar o cristal do rádio (transmissor ) pelo cristal do receptor se o canal for o mesmo ?
Resposta. Não. Preliminarmente sem
entrar em detalhes técnicos, podemos observar que todos os fabricantes
de radiocontroles colocam em cada cristal uma fita onde aparece o número
do canal, a frequência do canal e ainda as letras TX se for
o cristal do transmissor e RX se for do receptor. Nos cristais utilizados
em receptores FM, teremos ainda a indicação Dual Conversion
indicando que esse cristal só poderá ser utilizado em receptores
FM de Dupla Conversão.
Lógicamente
que se os cristais fossem todos iguais os fabricantes não teriam todo
esse cuidado...
Vejamos
então quais as razões técnicas. Tomarei como exemplo os
rádios FUTABA uma vez que são sem sombra de dúvida os mais
numerosos entre nós.
Digamos
que você tem um rádio que trabalha no canal 11
- 72.010 MHz . Essa é a frequência que está
marcada no cristal do transmissor e do receptor, mas na realidade, devido a
detalhes de projeto que visam melhorar a qualidade do sinal transmitido, sobretudo
a estabilidade da frequência, o cristal trabalha numa frequência
5 vezes menor que a frequência do canal ou seja 14.402MHz !
Por
outro lado no receptor também a frequência do cristal é
3 vezes menor que a frequência do canal ou seja 24.006MHz
Nessas alturas se voce fizer a conta verá que ( 24006x3=72018MHz ) êpa
! Tem alguma coisa errada! Não tem não. Acontece que frequência
do cristal do receptor além de ser 3 vezes menor que a frequência
do canal, ainda tem que ser 10.7MHz acima para que possamos ter a FI -Frequência
Intermediária no receptor.
Mas isso já é muito papo técnico. Basta você saber
que não pode trocar os cristais porque eles não são
iguais !
Pergunta. Tenho um rádio que funciona no canal 14, posso operá-lo no canal 44?
Resposta. Sim. Na prática você pode
usar no seu rádio QUALQUER CANAL DESDE QUE SEJA DENTRO DA FAIXA DE
72 MHz. Lógicamente se o seu rádio for do canal 11 e você
colocar o canal 60 o rendimento não será o mesmo. O melhor desempenho
do conjunto rádio e receptor é obtido quando AMBOS SÃO
CALIBRADOS PARA O CANAL UTILIZADO. Ocorre que como as freqüências
dos canais são muito próximas, mesmo trocando de um extremo para
outro da faixa o conjunto deve funcionar sem problemas. É importante
que sempre que for feita uma troca dos cristais do rádio SEJA FEITO UM
TESTE DE ALCANCE NO SOLO para verificar se tudo está OK.
Pergunta. É necessário recalibrar o rádio quando foi feita uma troca de canal?
Resposta. O bom senso nos diz que sempre que trocamos
algum componente do rádio seria bom realinhar os circuitos para que o
desempenho do equipamento fique 100%. Na prática porém, podemos
trocar os cristais de um rádio que operava no canal 11 para que o mesmo
passe a operar no canal 60 sem que seja necessário nenhum reajuste. É
preciso que fique claro que um rádio que ficar funcionando assim estará
DESAJUSTADO. Isso não quer dizer que teremos problemas ao utilizá-lo.
Aliás, certamente ele funcionará satisfatóriamente com
o se nada tivesse sido alterado.Na maioria da vezes...
A própria
FUTABA recomenda que não há necessidade de recalibrar o rádio
se o novo canal instalado ficar tres canais acima ou tres canais abaixo do original.
Por exemplo se o rádio originalmente opera no canal 40, você pode
instalar o canal 39-38-37 , ou , 41-42-43 sem que seja preciso mexer no ajuste
interno do rádio.
Fora dessa situação,
como no nosso exemplo canal 11 ---> para canal 60 , a fábrica recomenda
que o rádio seja reajustado.
Para finalizar se
você tem um rádio e quer trocar de canal porque tem muita gente
na sua frequência, ou porque está sofrendo algum tipo de interferência
específica, aconselho que ao mudar de canal faça um reajuste no
seu rádio ( transmissor e receptor ). Por outro lado você é
daqueles que tem 3 ou 4 jogos de cristais e está sempre trocando os canais
do rádio, aconselho a fazer um ajuste no seu rádio para um canal
que fique o mais próximo possível daqueles que você utiliza
ou se forem muito distantes, ajuste o rádio para o canal 36 que é
o centro da banda.
Tenha em mente porém,
que o seu rádio nunca estará funcionando com o máximo de
rendimento ( alcance-potência- sensibilidade ). Simplesmente porque um
circuito eletrônico só vai apresentar desempenho máximo
naquela frequência para a qual foi ajustado.
Pergunta. Instalei um cristal FM Dual Conversion num receptor FM mais antigo e esse não funcionou, por que?
Resposta.
Os receptores FM mais antigos tipo R-107Q,- R115F e outros modelos
da Futaba não são Dual Conversion são chamados de Single
Conversion, ou Conversão Simples. Por isso os cristais utilizados nesse
tipo de receptor tem a freqüência de operação DIFERENTE
dos cristais utilizados nos receptores Dual Conversion.
Atualmente
ainda existem alguns fabricantes produzindo esses receptores mais simples, tais
como a Great Planes, Hobbico e etc. Sua popularidade se deve ao baixo custo
e as dimensões menores do que um receptor mais complexo, tornando-os
ideais para modelos pequenos e planadores.
Pergunta. Posso utilizar cristais do do meu rádio PCM num rádio FM e vice-versa?
Resposta. Sim. Os rádios PCM e PPM (FM) possuem circuitos de RF ( Radio Frequência ) iguais utilizando portanto os mesmos cristais.
Pergunta. Posso usar cristais AM em um rádio FM ou vice-versa?
Resposta. Não, os cristais tem frequências diferentes. Observe a marcação nos cristais. O que é AM está escrito AM o que é FM está escrito FM...
Pergunta. Cristais AM de rádios mais antigos são compatíveis com os rádios modernos?
Resposta. Depende de quanto antigo é o rádio. Se a frequência do cristal for igual a frequência de algum dos 50 canais utilizados atualmente, ele funcionará sem problemas num rádio mais moderno, desde que seja também AM ! Cristais que tiverem marcadas frequências que não são encontradas na tabela moderna, geralmente situando-se entre dois canais atuais, ( 72.400MHz por exemplo ), não funcionarão nos rádios mais novos.
Pergunta. Posso utilizar os cristais de uma marca de rádio em outra?
Resposta.. Os únicos equipamentos que utilizam os mesmos cristais são os RECEPTORES FM Dual Conversion da FUTABA e os RECEPTORES FM Dual Conversion da HITEC. Se você tiver um receptor HITEC FM de dupla conversão e não tem o cristal original, pode comprar um da FUTABA que funcionará sem problemas. O mesmo vale para o receptor da FUTABA. Lembre-se porém que os cristais do transmissor SÃO DIFERENTES, logo se você comprar um par de cristais da FUTABA sómente vai poder aproveitar o cristal do receptor. Cristais dos rádios JR e AIRTRONICS NÃO SÃO COMPATÍVEIS ENTRE SI NEM COM AS OUTRAS MARCAS ( FUTABA OU HITEC)
Pergunta. O cristal tem polaridade ou lado certo na hora de colocá-lo no rádio?
Resposta.. Não.O cristal pode ser colocado em qualquer posição. Não tem jeito de "queimar" o cristal. O único jeito de danificar um cristal é deixá-lo cair ao chão ou bater nele fortemente.
Pergunta. Se eu colocar um cristal utilizado em automodelos - banda de 75MHZ no meu rádio ele vai passar para automáticamente para 75MHz ?
Resposta. Não. O rádio não vai funcionar. A simples troca do cristal não muda a banda do rádio, porque além do cristal existem outros componentes no circuito do rádio que teriam que ser alterados para a mudança da banda. Técnicamente é possivel fazer essa alteração, mas todos sabemos - ou deveríamos saber que a banda de 75MHZ destina-se apenas a autos e barcos sendo proibido o seu uso em aviões.
Pergunta.Posso mudar o cristal do meu rádio para que o mesmo funcione na banda de 50MHz ?
Resposta. Não. Pelas mesmas razões descritas acima. Além do mais há que se ter muito cuidado com a utilização da banda dos 50MHz porque como nos EUA aqui no Brasil ela é compartilhada com estações de radioamadores. Embora legalmente as frequências destinadas aos canais de radiocontrole homologadas pela ANATEL, tanto na banda de 50MHz, como na banda de 27MHz ( PX ) sejam distintas da frequências que os radioamadores podem operar, sabemos que a fiscalização infelizmente não é perfeita e podemos ter o dissabor de ver nosso rádio sofrer interferências dessas estações, as quais operam com potência de transmissão muitas vezes maiores que o nosso rádiocontrole..